Dica – Primeiros Socorros
Matéria publicada na edição 16 | maio 2006 – ver na edição online
Pronto atendimento na escola
Febre, vômitos, quedas, cortes, dores de cabeça. Que escola já não enfrentou uma dessas situações envolvendo a saúde de seus alunos? Para atender a essas e outras situações de emergência, a escola precisa ter um ambulatório, compatível com o número de alunos que atende. O Colégio Arquidiocesano, por exemplo, localizado no bairro paulistano da Vila Mariana e com 3.500 alunos, possui uma enfermaria, com um médico e um enfermeiro em cada turno (já que a escola funciona à noite com treinamento esportivo). “O ambulatório funciona ininterruptamente das 7 às 21:30h, com condições de prestar os primeiros socorros”, afirma Rubens Samarco, coordenador de disciplina e segurança do Arquidiocesano. A escola conta até com ambulância para transportar o aluno no caso de ser necessária remoção. O colégio tem convênio com o Hospital Santa Cruz mas faz o transporte até o hospital de preferência dos pais.
Estrutura para prestar primeiros socorros aos alunos não deve ser requisito apenas das escolas grandes. Também as instituições pequenas precisam contar com o mínimo de recursos. Para a pediatra Ana Maria Escobar, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, toda escola deve ter um funcionário treinado para atendimentos básicos de emergência, mesmo que não seja profissional de enfermagem. “Em uma criança que tem asma e entra em crise asmática após a aula de Educação Física, o funcionário pode dar um primeiro atendimento até que os pais cheguem à escola”, exemplifica a médica.
O profissional da enfermaria deve estar preparado para realizar os procedimentos necessários em crianças que sofrem traumas, cortes (caso de realizar curativos compressivos), queimaduras, engasgos. “Se uma criança cair e quebrar um dente, é preciso ter noção de que procedimentos adotar para salvar o dente”, salienta Ana Maria. Além disso, ela ressalta que é essencial ter uma ficha médica de cada aluno, relatando remédios aos quais a criança é alérgica, enfermidades mais comuns e o que pode ser administrado.