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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Necessidades Especiais

Matéria publicada na edição 28 | Maio 2007 – ver na edição online

Adaptação da escola a alunos com necessidades especiais

Não basta contar com profissionais bem formados. Para se tornar inclusiva, a escola precisa se preparar para receber o portador de necessidades especiais, eliminando barreiras arquitetônicas, como guias não rebaixadas, escadas e ausência de elevadores, e outros elementos, como pisos escorregadios. “A escola deve preparar sua estrutura física que beneficiará toda a comunidade. O aluno pode ter o pai ou a mãe cadeirante, por exemplo”, informa Monica Estuque Garcia de Queiroz, terapeuta ocupacional, especializada em avaliar pacientes com necessidades especiais e indicar os equipamentos adequados para sua adaptação à escola. “O portador de necessidades especiais precisa de um equipamento adequado para que ele tenha um bom rendimento escolar. Muitas vezes o aproveitamento escolar é prejudicado não em função do cognitivo mas de uma má adequação postural”, avalia. Por exemplo, se a cadeira não é apropriada, o aluno passará o tempo todo tentando se adaptar à cadeira, prejudicando sua aprendizagem. “O aluno precisa estar adequado fisicamente, ter um controle da situação, para que não fique prejudicado em relação aos outros”, aponta Monica.

Além da eliminação de barreiras arquitetônicas, é essencial adaptar áreas específicas da escola ao uso por portadores de necessidades especiais. Por exemplo, colocar barras nos banheiros e modificar o mobiliário escolar (entre alguns itens, estão as cadeiras com ajustes, adaptáveis ergonomicamente, que possibilitam regulagem de altura e profundidade). Mas, Monica frisa que não basta apenas cerca o aluno de equipamentos específicos.  “É muito importante que a escola tenha desejo de receber o diferente e flexibilidade para adaptar seu espaço, preparando a estrutura física, o mobiliário e também não esquecendo do aspecto pedagógico. Auxiliares, professores e toda a comunidade escolar precisam estar preparados para receber esse aluno, senão há o risco da inclusão virar exclusão”, adverte a terapeuta.

Para se adequar à inclusão, a escola deve contar com um arquiteto que tenha conhecimento das normas relativas às mudanças estruturais e prepare um projeto para a escola. “Mas não se deve esquecer da questão terapêutica. Um terapeuta ocupacional lida com a questão postural, adaptando espaços domésticos e comunitários à pessoa com necessidades especiais”, sustenta. Monica recomenda que a escola recorra a especialistas, para não correr o risco de investir muito dinheiro numa reforma que pode ser inadequada à inclusão.

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