Valorização docente no Brasil… Precisamos falar sobre isso
É notório que o país não anda muito bem visto no que diz respeito a profissão professor. Os noticiários estão cheios de reportagens em que retratam o professor como um “sofressor”, quando não o tomam para bode expiatório de tudo que não presta ou deu errado na sociedade.
Em recente pesquisa realizada pela Fundação Varkey – sobre a valorização que cada país dá a seus docentes – mostrou que o Brasil ocupa o último lugar deste ranking. Em uma lista com mais de 30 países, onde o primeiro lugar é ocupado pela China, ficamos na 35º posição, atrás de países bem menos desenvolvidos como Gana e Uganda.
Mas, então, isso quer dizer que o Brasil está fadado ao fracasso e que não temos bons professores atuando pelo país? Acalme-se, há uma luz no fim do túnel, ou melhor, existem diversas luzinhas e faróis, por assim dizer, que estão norteando e modificando vidas de diversos estudantes brasileiros!
Esses professores estão sendo cada vez mais conhecidos e reconhecidos através de premiações nacionais que dão visibilidade a suas práticas exitosas em salas de aula. Um número crescente de docentes tem submetido suas experiências em prêmios que disseminam essas boas práticas para os seus pares de profissão, e o resultado é que esses profissionais se sentem cada vez mais valorizados e estimulados a continuarem inovando em suas escolas. “Não me sinto mais sozinho, hoje venci a solidão pedagógica!” – relatos como esse do professor Gilson Franco, do Ceará, falando como sua vida mudou depois de ter seu trabalho reconhecido na Olimpíada de Língua Portuguesa, estão sendo cada dia mais ouvidos nas escolas.
Mesmo trabalhando em condições desfavoráveis, muitos professores brasileiros de várias partes desse país vêm realizando trabalhos dignos de um Oscar! Prova disto é que este ano tivemos dois representantes brasileiros na lista dos 50 melhores professores do mundo. A professora Débora Garofado, de São Paulo, e o Jayse Ferreira, da cidade de Itambé (zona da mata de Pernambuco), nos mostram que o panorama da educação nacional que estão pintando não é tão ruim assim! Eles foram selecionados entre mais de dez mil candidatos de 179 países pelo Global Teacher Prize – considerado o Nobel da Educação. Ambos trabalham em escolas públicas com poucos recursos, mas isso não os impediram de transformar a vida desses jovens e da comunidade onde essas escolas estão inseridas.
Iniciativas como essas estão deixando de ser exceção para virar regra por todo país. Este ano foi lançado em São Paulo o prêmio Professor Transformador, uma iniciativa patrocinada pela Base2Edu em parceria com a Bett Educar, com o objetivo de reconhecer práticas inovadoras em quatro categorias/etapas de ensino: Professor de Educação Infantil, Ensino Fundamental 1, Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio. Os 2º e 3º melhores pontuados em cada categoria vão receber R$2,5 mil e ainda apresentarão a iniciativa na edição 2020 da Bett Educar, em São Paulo. Já os professores que ficarem em 1º lugar, em cada categoria, ganharão uma viagem a Londres com participação na Bett Educar em 2021, além de R$ 7 mil. Para se inscrever, acesse: https://base2edu.com/premiobett/
Vamos juntos espalhar boas práticas por esse país?