Quadras poliesportivas: Instrumento pedagógico e Convívio social
A rotina escolar agrupa, em todas as suas ações e atividades, uma listagem diversa que privilegia o desenvolvimento completo de todos os estudantes. Diariamente, como em um fluxo complexo, avistamos movimentos pedagógicos nas salas de aula, trocas singulares, aprendizados que transcendem a teoria e momentos externos que exaltam a união de características como diversão, entrosamento, socialização, aprendizado e energia.
A união dessas características localiza-se em momentos que propiciam e elegem atividades externas, trocas lúdicas e aulas práticas, desdobrando-se, principalmente, no período de lazer e recreação aspectos de aprendizagem e experimentações. Dessa forma, nas quadras poliesportivas são inseridas atividades que acabam gerando experiências significativas e positivas no que tangem o desenvolvimento de cada aluno e aluna, além de contribuir para o fomento do entretenimento em áreas amplas.
De acordo com Paulo Rogério Vieira, Coordenador do Programa Sabin+ Esportes & Cultura do Colégio Albert Sabin, as quadras esportivas nas escolas funcionam, na prática, como um espaço facilitador de vivências da cultura da instituição. “A quadra dentro da dinâmica escolar ultrapassa a ideia do espaço apenas esportivo. Observo estes ambientes como polos de convívio social”, afirma.
Através de uma perspectiva esportiva, a quadra poliesportiva – tanto interna como externa – proporciona, segundo o coordenador, um instrumento pedagógico precioso para o desenvolvimento da cultura do movimento e linguagem corporal. Além de fomentar competências, valores, respeito às diferenças e conhecimento dos próprios limites por meio dos torneios esportivos e das atividades interdisciplinares que podem ser realizadas no espaço.
No Colégio Albert Sabin, localizado em São Paulo, os alunos começam a ter contato com o espaço da quadra na Educação Infantil, por volta dos quatro anos. “As atividades desenvolvidas são planejadas respeitando a ideia de um currículo de progressão de conteúdo. Para cada ciclo escolar, temos atividades específicas que levam em consideração as características de cada faixa etária e as premissas da BNCC”, destaca Vieira.
No que tange a criação de uma quadra na instituição de ensino, é preciso observar atentamente alguns critérios. Dentre as características básicas, o coordenador do Albert Sabin destaca: segurança (ambiente livre de obstáculos, bem cuidado, seco e limpo), piso (o calçamento deve ser plano e de um material não muito áspero), iluminação (deve garantir uma boa iluminação em situações diurnas e noturnas), marcação do piso e equipamentos que propiciem a prática dos principais esportes.
“A manutenção de uma quadra deve ser feita por empresa especializada. Pela nossa experiência, há uma demanda anual de reparos em alambrados, instalações elétricas e troca de equipamentos como tabelas de basquete, redes de futebol e voleibol”, alerta. (RP)
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Paulo Rogério Vieira – [email protected]