Metodologias Ativas e a renovação da educação
Há tempos que a educação vem anunciando uma necessidade urgente de inovar seus processos pedagógicos. Em congressos e palestras, era um consenso entre os especialistas dialogarem a respeito da defasagem que a educação passava, especialmente se comparada a outros setores da sociedade, como as instituições bancárias, a chegada de aplicativos que facilitavam e modernizavam a forma de vida das pessoas.
Só em 2017, houve 42 congressos importantes que traziam como temas a transformação na educação, tecnologia, edtechs, invenção e criatividade, aprendizagem por competência e inovação no ensino.
Além disso, os resultados de avaliações como o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), e demais avaliações nacionais denotavam resultados muito aquém do esperado.
Em todo mundo, estudos e experiências exitosas começaram a despertar os olhares de educadores para novas possibilidades: O que países como Finlândia e Japão estão fazendo para terem resultados tão elevados no ensino?
Os estudos em neurociências aplicadas a educação também foram de grande importância para a compreensão de como o cérebro aprende, oferecendo caminhos mais assertivos para a apropriação de conhecimento.
Diversos estudiosos contribuíram para esse novo olhar, como por exemplo de Howard Gardner, com as Inteligências Múltiplas, que nos mostram a necessidade de personalização do ensino.
As Metodologias Ativas atendem a muitas das demandas que os estudantes levam, hoje, para a escola. Seja a facilidade em lidar com as ferramentas digitais, ao autodidatismo para aprender o que querem no ritmo e da maneira que mais lhes convém, são mais críticos e, por isso, pedem mais contextualização e o porquê de estarem aprendendo este ou aquele assunto.
As abordagens em Metodologias Ativas refletem muito mais uma concepção de ensino, do que técnicas estanques ou receitas de como fazer. É necessário ter clareza dos objetivos e do que se pretende em cada ação pedagógica proposta.
Todas elas colocam o aluno, de fato, como protagonista da aprendizagem. É ele quem vai pesquisar, checar, analisar, discutir, repensar e concluir. São os estudantes que, de forma colaborativa, vão encontrar soluções para os problemas apresentados e, para tanto, precisarão buscar os dados, informações e conteúdos teóricos que trarão base para se chegar aos resultados.
Com as Metodologias Ativas essa lógica muda, o aluno tem um porquê, uma motivação, um problema para resolver, e vai aprender para trazer uma solução, seja ela fictícia ou verdadeira. Se essa solução for possível de ser aplicada na sua comunidade, seja de cunho ambiental ou social, isto é, que de fato gere um impacto na sociedade, os alunos terão um engajamento nunca visto antes.
Algumas Metodologias Ativas têm ganhado grande adesão nas escolas, dentre elas a sala de aula invertida, PBL (Problem Based Learning), Design Thinking, Ensino Híbrido, Aprendizagem baseada em projetos, rotação por estações, e aprendizagem em times. Estas propostas têm em seu cerne a transformação da relação com a aprendizagem, tendo o professor no papel de mediador, acompanhando os processos e auxiliando os alunos a alcançarem o seu melhor.
Habilidades como criatividade, busca por soluções, empatia, autoconhecimento, comunicação, relacionamento interpessoal, colaboração e liderança, são alguns dos benefícios em se trabalhar com as Metodologias Ativas.
Quais paradigmas você precisa quebrar para se reinventar? Vamos juntos?!