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Guia para Gestores de Escolas

Currículo escolar – Cultura digital

A vivência, no século XXI, é pautada por uma cultura digital. E, a partir de ferramentas tecnológicas, esferas social, profissional e educacional transformaram (e permanecem modificando) experiências, desenvolvimentos, aprendizagens e relações diariamente. “A cultura de maneira digital, on-line ou a distância, permite o acesso a mais pessoas e a um alcance infinitamente maior”, diz Rita Ritz, especialista em Desenvolvimento Organizacional e professora do MBA na IBE Conveniada FGV.

Ao olharmos para o público que adentra diariamente as instituições de ensino, notamos que os estudantes são “nativos digitais”, que possuem uma relação direta com as ferramentas e os utilitários tecnológicos e que, de certa forma, anseiam uma experiência de aprendizagem próxima de suas realidades.

“A linguagem digital na cultura se aproxima muito mais da linguagem das pessoas mais jovens e mais ligadas aos recursos digitais. Até então, achávamos que isso valeria para os jovens que viviam em grandes centros, mas estamos verificando que mesmo em lugares distantes, quando existe os recursos tecnológicos suficientes, os jovens se envolvem no processo educacional de maneira mais intensa. Isso porque os recursos digitais permitem uma vivência para os participantes e não somente uma assistência”, destaca Ritz.

Segundo a especialista, a integração de forma prática dos recursos da cultura digital à grade curricular, deve ocorrer de forma cuidadosa e assertiva. Dentre as recomendações, Rita Ritz destaca que é importante conhecer a necessidade do usuário, seu meio ambiente e suas carências, “para fazer com que o conteúdo converse diretamente com o seu interesse”.

Nesse processo, o desenvolvimento educacional torna-se um centro de alterações e reformulações no que tange a relação entre ensino-aprendizagem, aluno-professor. Dessa forma, para implementar, de fato, mudanças na estrutura do currículo escolar, é preciso repensar as metodologias de ensino em sala de aula, além de preparar todo o corpo docente para trabalhar os recursos da cultura digital nas escolas.

“A cultura digital já é uma realidade, o corpo docente precisa se conscientizar da importância desses recursos, o ensino e a prática tradicional devem ser discutidos nas escolas. As tecnologias já são uma realidade e o docente precisa ajudar o aluno a enfrentar esses novos desafios e ele só pode fazer isso estando imerso a cultura digital”, afirma Welington Junior Jorge, mestre em Educação e professor da Unicesumar.

O professor reitera que a própria BNCC (Base Nacional Comum Curricular) ressalta, como uma de suas competências gerais, “compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais”, ou seja, “para que essa competência consiga atingir seu objetivo é necessário um corpo docente que compreenda a necessidade de trabalhar a cultura digital na sala de aula”, complementa Welington. (RP)

Saiba mais:
Rita Ritz – [email protected]
Welington Junior Jorge – [email protected]

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