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Guia para Gestores de Escolas

O Ensino híbrido para além da pandemia

Engana-se quem pensa que o ensino híbrido limita-se a transferir as aulas presenciais para o ambiente virtual, especialmente como uma alternativa para o contexto da pandemia do coronavírus e do retorno parcial das aulas presenciais.

Essa modalidade de ensino permite, dentre outras possibilidades:

➔ Personalização da aprendizagem;
➔ Autonomia do estudante;
➔ Gestão de tempo e de conteúdo;
➔ Exploração de diferentes espaços de aprendizagem;
➔ Adequação ao ritmo de cada aluno;
➔ Ampliação da visão de mundo;
➔ Otimização do tempo em sala de aula;

O momento desafiador que estamos vivendo é uma grande oportunidade para conhecer novas ferramentas e novas formas de fazer educação, afinal, essa pandemia será um divisor de águas – é certo que teremos um mundo diferente daqui para frente, em todos os segmentos da sociedade.
Ensino híbrido é a mescla do presencial e do on-line, mas com objetivos distintos para cada ambiente.

Através da internet, o estudante é estimulado a pesquisar, buscar dados em fontes variadas, ampliar seu olhar investigativo e aprofundar conhecimentos de acordo com seu interesse e necessidade.

Diferente do ensino analógico, focado em textos e imagens estáticas no material físico, o ensino híbrido possibilita que o estudante tenha acesso a inúmeras ferramentas de pesquisa, assista a vídeos, reportagens, documentários, visite museus, acompanhe entrevistas, videoaulas, e tudo isso a seu tempo, respeitando seu ritmo, com a autonomia de controlar, inclusive, a velocidade dos estudos.

Isso garante a personalização da jornada pedagógica de cada estudante, além da contextualização da aprendizagem com informações atuais, fazendo um paralelo com o conteúdo proposto no currículo.

As aulas presenciais são focadas nas interações, no compartilhamento de informações, nas experiências, no levantamento de hipóteses e nas problematizações, que sugerem maior engajamento das crianças e dos jovens. Essa dinâmica otimiza o tempo dentro da escola, voltado para a socialização.

A partir daí, é possível fomentar o trabalho com demais abordagens em metodologias ativas, como a sala de aula invertida, aprendizagem baseada em problemas, o design thinking, os estudos de caso, entre outros.

O ponto principal é a aprendizagem centrada no estudante e, assim, o professor torna-se um facilitador, mediando os caminhos em direção ao conhecimento por meio de perguntas, provocações, reflexões, promovendo debates e possibilitando a construção de saberes que vão além do conteúdo formal.

Um dos grandes benefícios que a internet nos trouxe foi a democratização da informação. Hoje, os estudantes acessam dados e conteúdos de maneira instantânea, sabem o que está acontecendo no mundo praticamente no momento em que ocorre. Isso gera um dinamismo para suas vidas, que precisamos acompanhar, senão a escola não fará sentido para essa geração conectada e articulada.

Parte da aula acontece em sala, no ambiente físico da escola. Outra parte acontece no ambiente virtual (dentro ou fora da escola). E um terceiro momento da aula é realizado fora da escola, seja para estudo, exercícios, observações, entrevistas, voltado para consumo ou produção de conteúdo.

Esse é o real propósito do ensino híbrido: oferecer aos estudantes a oportunidade de aprender de formas diferentes, explorando novos espaços e promovendo o protagonismo e a autonomia desses sujeitos em formação.

Acredito que o processo que estamos vivenciando está sendo um despertar, e que, em breve, o equilíbrio entre esses dois mundos – físico e digital – será naturalmente encontrado.

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