Ensino Bilíngue: Aprendizagem em inglês
Na contemporaneidade, permeada por diversas demandas que envolvem contextos globais, transformações socioculturais, econômicas, políticas e educacionais, o conhecimento de um segundo idioma, especificamente a língua inglesa, tornou-se uma exigência para alcançar experiências e vivências múltiplas. “O inglês é a língua mais influente do mundo”, garante Raquel Carlos, diretora acadêmica de uma solução de inglês para as escolas.
Utilizada nos âmbitos profissionais, pessoais e acadêmicos, a língua inglesa oferece um “leque de oportunidades” para os estudantes, conta Raquel, principalmente se incentivada desde a infância. “Expor a criança desde cedo à língua inglesa é muito vantajoso para o seu crescimento, mesmo que ela ainda não tenha sido alfabetizada. A experiência do bilinguismo na infância tem impactos positivos no cérebro e aumenta capacidades cognitivas ligadas à atenção, memória, raciocínio lógico e criatividade. A criança que tem contato com idioma desde pequena desenvolve a habilidade de interpretar e compreender com mais facilidade”, reflete.
Destacando a educação bilíngue como uma tendência mundial, sobretudo com o número crescente de escolas que incluem soluções bilíngues em suas rotas de aprendizagem, Henrique Moura, diretor de excelência educacional, reforça a necessidade de uma educação bilíngue que abarque a segunda língua não apenas como um estudo de vocabulário e estruturas gramaticais, “mas deva, sim, abranger o desenvolvimento de competências que os alunos possam aplicar em todas as demandas sociais, acadêmicas, e futuramente, profissionais, que venham a ter. Para a educação bilíngue ser efetiva, o aluno deve ser protagonista do processo, com experiências de aprendizagens significativas, e que estejam alinhadas e entremeadas com o currículo escolar”.
Dessa forma, segundo Moura, se o futuro será impreterivelmente bilíngue, tecnológico, baseado em projetos e colaborativo, é preciso que as instituições de ensino repensem as suas metodologias a fim de preparar os estudantes para os desafios que se aproximam. “As habilidades do século 21 que os jovens precisam desenvolver não estão focadas na memorização, mas sim nos famosos 4 Cs: pensamento crítico, comunicação, criação e colaboração, com ênfase no aprendizado socioemocional. A escola bilíngue é um desses lugares onde podemos transcender todas as fronteiras”, diz.
“O inglês, que se espalhou amplamente pelo mundo por muitas razões nos últimos cem anos, é a única língua universal da ciência, pesquisa, mobilidade internacional e liberdade geográfica no século 21. Desta forma, independente a direção que a escola do futuro tome, o inglês será o fio condutor deste processo. Assim, para fazer parte da escola do futuro e ajudar os jovens a serem cidadãos globais e preparados para os desafios do amanhã, precisamos estar preparados para criar uma comunidade de aprendizagem única e diversificada, centrada no estudante, e projetada para maximizar o potencial de cada aluno”, completa o diretor.
APRENDIZAGEM EM INGLÊS
As instituições bilíngues promovem, diariamente, um convite a diversas experimentações e ampliações de repertórios que são desenvolvidos, especificamente, em inglês. Desse modo, o caminho para proporcionar uma educação bilíngue efetiva deve ser trilhado por uma metodologia de ensino imersiva. Como salienta Guilherme Guerra Meira, coordenador pedagógico da Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio João Paulo I Higienópolis (RS), a aprendizagem deve ser em língua inglesa e não de língua inglesa.
“Mas para que haja aquisição do idioma, é necessária uma metodologia de ensino, não basta apenas expor a criança a um ambiente com outra língua. Através do uso de metodologias ativas, com atividades lúdicas, dinâmicas e que desenvolvem a criticidade é que se dá o desenvolvimento da proficiência na língua alvo”, explica. De acordo com o coordenador, o colégio utiliza a abordagem CLIL (Content and Language Integrated Learning), tendo como foco a integração entre conteúdo e linguagem, além de desenvolver competências e habilidades do conteúdo de uma determinada área do conhecimento por meio da língua adicional.
A imersão na língua inglesa e o seu incentivo da transversalidade do bilinguismo no ensino de outros conhecimentos também é fomentado na Escola Eleva, que possui unidades no Rio de Janeiro, em Recife e em Brasília. Acreditando no conceito de cidadania global, a língua inglesa, na Escola Eleva, é tão importante quanto a língua nativa. “Promovemos um ambiente imersivo onde os nossos alunos são expostos à língua inglesa e têm a oportunidade de conhecer, viver e experimentar o inglês através de aulas que integram os objetivos de aprendizagem linguísticos com objetivos de aprendizagem de diversas disciplinas”, destaca Isabella Sá, headmaster da Escola Eleva Brasília, unidade que trabalha com o bilinguismo em tempo integral.
FORMAÇÃO INTEGRAL
“Um ensino pautado exclusivamente em livros didáticos e aulas expositivas não tem espaço no mundo contemporâneo e na educação bilíngue não pode ser diferente”, afirma Susan Clemesha, diretora acadêmica da Sphere International School (SP). Com uma educação inovadora e internacional, utilizando o bilinguismo como uma forma de conectar os estudantes a experiências globais, a Sphere trabalha com um currículo integrado, com aulas em diferentes áreas do conhecimento, em português e inglês, acreditando que o desenvolvimento linguístico deve ser articulado de maneira integrada.
“Os projetos transdisciplinares ou interdisciplinares são realizados nas duas línguas, oferecendo oportunidades para que os alunos construam pontes entre aquilo que é realizado em uma língua e em outra. A formação de cidadãos para um futuro incerto e em constante transformação exige um currículo problematizador, situado em contextos reais do dia a dia, que integre múltiplas linguagens e culturas”, explica Clemesha.
Segundo a diretora, na atualidade, uma das ferramentas que podem ser utilizadas para auxiliar e agregar nesse processo de formação dos estudantes bilíngues, são as ferramentas tecnológicas. “Para aproximar nossos alunos dos textos multimodais contemporâneos, a escola deve lançar mão de uma multiplicidade de linguagens, semioses e mídias. Ao explorar essa diversidade de recursos digitais, os estudantes ampliam suas oportunidades de acessar o conhecimento historicamente produzido, interagir com o outro e construir novas soluções”, diz. (RP)
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Isabella Sá – [email protected]
Guilherme Guerra Meira – [email protected]
Henrique Moura – [email protected]
Raquel Carlos – [email protected]
Susan Clemesha – [email protected]