Mudança estrutural: Os desafios na implementação do Novo Ensino Médio no cotidiano escolar
Por Rafael Pinheiro / Fotos Divulgação
Com foco no protagonismo do estudante, o Novo Ensino Médio propõe uma mudança estrutural no atual sistema educacional a fim de se aproximar de demandas e competências contemporâneas, além de fortalecer o elo entre estudantes e o mercado de trabalho por meio do ensino técnico. Implementado a partir do início deste ano, esse novo modelo de ensino estabelece (re)estruturações expressivas que perpassam todas as áreas das escolas
Toda mudança estrutural reverbera em alterações significativas, assim como novidades, perspectivas diferenciadas e desafios a serem transpassados. No âmbito educacional, as mudanças atravessam não só os alunos e as alunas, mas também o corpo docente, o material didático, as metodologias de ensino, as avaliações, as gestões pedagógica e administrativa e todas as características que interferem direta e indiretamente nesse processo de reelaboração.
Com o Novo Ensino Médio, homologado em 2018 e implementado a partir do primeiro semestre letivo de 2022, avistamos na prática os contornos dessa modificação estrutural, que não só amplia a carga horária de ensino, mas que também oferece, a partir de uma flexibilização curricular, itinerários formativos. Diante desse movimento expressivo na educação e com a conclusão do primeiro semestre do Novo Ensino Médio implementado nas escolas, convidamos alguns coordenadores, diretores e especialistas para comentarem sobre os desafios na implementação desse modelo de ensino.
“A implantação do novo modelo de Ensino Médio coincidiu, em grande parte, com o retorno ao presencial pela totalidade dos alunos. Dessa forma, além da ambientação ao ambiente escolar e do convívio com outros colegas em um espaço coletivo, foi preciso preparar toda a comunidade para este novo ‘momento’ da educação.
O primeiro desafio foi deixar, alunos e responsáveis, cientes do papel ativo na escolha dos Itinerários, durante o ano letivo. Em nossa unidade na Barra Funda, por exemplo, tivemos encontros presenciais e remotos, para esclarecer as novidades, além de momentos com os alunos para tratarmos exclusivamente do assunto. Mesmo assim, foi perceptível que parte das famílias tem uma relação muito distante da vida escolar de seus(suas) filhos(as) e, por isso, não tem total compreensão das alterações propostas no Novo Ensino Médio.
Para os estudantes, o Novo Ensino Médio permite uma maior aproximação da sala de aula com a realidade vivida fora dela. Temas atuais, velhos tabus e assuntos até então evitados pelas instituições, são agora abordados e explorados em sala em disciplinas como Projeto de Vida. Este, entretanto, é um ponto do Novo Ensino Médio que deu maior liberdade para a criação e o desenvolvimento de conteúdos e de estratégias de aula (em especial as metodologias ativas), mas também forçou educadores a reverem sua formação e preparo para a sala de aula. Foi preciso formar professores que visassem aprendizados para além da sala de aula, pensando principalmente na formação cidadã de cada aluno(a).
Mas, apesar de tantas novidades, a aceitação dos alunos tem sido ótima. O fato de poderem direcionar o aprendizado a áreas que possuem maior afinidade é um grande avanço para a educação. Além disso, o aumento gradual da carga horária e a flexibilidade no formato de aplicação (maior parte presencial e uma pequena porcentagem remota) fez com que o novo modelo não fosse impactante para a logística das famílias, que conseguiram acompanhar as mudanças e se adaptar às novidades, a partir deste ano. Acredito que este seja realmente o caminho que a educação deva seguir. A mudança, embora gradual, é inevitável e coloca as instituições de ensino mais próximas à realidade dos adolescentes, preparando-os de forma mais diversa, reflexiva e tolerante.”
Marcos Spagnoli – Coordenador do Ensino Médio da Escola Luminova, unidade da Barra Funda (SP)
“O Novo Ensino Médio vem sendo implementado desde o ano passado nas escolas que integram o Sistema Anglo de Ensino. Em nosso colégio, no entanto, neste ano, avançamos um pouco mais na sua implementação, ao ofertar cursos eletivos multisseriados, tanto no formato presencial quanto no on-line, experiência essa inédita para os professores e alunos das 1ª e 2ª séries do médio, já que os da 3ª série permaneceram no antigo currículo.
Especificamente sobre o Novo Ensino Médio, entendemos que o desafio a ser destacado está relacionado à identidade didático-pedagógica que deveremos construir para as disciplinas que compõem o bloco Itinerários Formativos, que no nosso entender deve seguir a trilha das metodologias ativas, valorizando a pesquisa e o protagonismo do aluno e lançando mão de modelos avaliativos construídos a partir de rubricas que sinalizam com clareza os objetivos de aprendizagem a serem perseguidos pela turma.
No entanto, os reflexos da pandemia sobre os hábitos de estudo dos alunos, e a relação destes com a própria natureza da sala de aula, impuseram aos professores, neste primeiro semestre, significativas dificuldades para desenvolverem formatos menos expositivos de aula. No entanto, a tendência, para o segundo semestre, vencida essa etapa de reintegração dos alunos aos ritos de uma escola no modo presencial, os coletivos docentes nas escolas de Ensino Médio, certamente, poderão avançar na direção daquilo que a BNCC nos propõe.”
Alcir Caria – Coordenador Pedagógico dos Ensinos Fundamental II e Médio do Colégio Anglo Chácara Santo Antônio
“Implementar uma mudança tida como ‘ousada’ no Novo Ensino Médio provocou, sim, movimentos internos na Lumiar, como o de reorganização de educadores, adoção de novas avaliações e atividades na rotina, e o estabelecimento de um diálogo igualmente constante com os estudantes, para que eles se apropriassem desse novo cenário e atravessassem esse período com maior segurança. No entanto, a gestão pedagógica e o grupo docente de nossas escolas, os estudantes e suas famílias seguem nessa missão em um terreno já preparado para o trabalho com trilhas de aprendizagem personalizadas e outras práticas pautadas no desafio que é para os jovens fazer escolhas e planos futuros.
Outras características curriculares e ferramentas pedagógicas precisam ser consideradas nessa empreitada, o que, para muitas escolas, implica em uma transformação profunda – para as instituições cujo principal objetivo segue sendo a preparação para exames externos e vestibulares, e mesmo para aquelas que continuam apostando em ‘pequenas pílulas de inovação’ como a solução para se alinharem a propostas de vanguarda em Educação.”
Fabia Apolinário – Diretora de Currículo, pesquisa e aprendizagem da Lumiar Educação
“O primeiro desafio na implementação do Novo Ensino Médio foi (e ainda é) divulgar tais mudanças de paradigmas para toda a comunidade escolar. O desenvolvimento de uma matriz curricular já nos moldes requisitados também exigiu empenho, na tentativa de atender as demandas dos alunos e suas famílias, conciliando a parte obrigatória, a Formação Geral Básica e a parte flexível do currículo.
Para a comunidade Maple Bear, que possui uma metodologia que coloca o aluno como centro do processo de aprendizagem, a mudança foi muito bem aceita. Alguns desafios ainda existem, como o material didático mais adequado a ser adotado, com relação a parte de Formação Geral Básica. Os alunos e familiares gostaram muito da proposta das disciplinas e já estamos em um momento de diagnóstico interno para propor mais mudanças para o próximo ano letivo. A construção do Novo Ensino Médio deve ser feita de maneira contínua e com atualização e revisão do currículo a cada ano. Ainda será disponibilizado a matriz do novo ENEM e, diante disso, novos ajustes também deverão ser feitos.”
Marina Muzzi – Psicóloga educacional e especialista em educação na Maple Bear Santa Lúcia, Gutierrez e Alphaville (BH)
“Como tudo que é novo, a implantação do Novo Ensino Médio também enfrentou todos os obstáculos que o desconhecido apresenta. A começar pelo corpo docente que se viu na necessidade de preparar novas metodologias para as quais não necessariamente foram preparados em suas formações acadêmicas. Neste quesito, são problemas transitórios, uma vez que com o passar dos anos cada vez mais as boas ideias se sobressairão de modo a consolidar as expectativas almejadas pelo Novo Ensino Médio.
Neste primeiro ano de implantação poucos materiais didáticos se adaptaram a tempo de modo a serem o grande apoio a sala de aula que costumam ser, isso exigiu, e isso foi até bom, que as escolas se obrigassem a criar com um pouco mais de liberdade. Entretanto, é fato que enquanto alguns professores encontraram boas formas de otimizar esse trabalho, em outros lugares essa solução pode não ter sido tão eficiente. Acreditamos que quando houver uma definição sobre o formato do ENEM a partir de 2024, os livros didáticos terão a confiabilidade necessária para apresentarem soluções pedagógicas e auxiliarem as escolas.
Embora os desafios ainda sejam muitos, a Educação ganha muito com esses momentos de ‘desconforto’, afinal são nos momentos de desequilíbrio que o ser humano deixa aflorar seu lado mais criativo. A sociedade muda com intensa velocidade e a Educação não poderia ficar para trás nesse processo de transformação. Os primeiros anos serão os mais difíceis, mas será neste período que surgirão as grandes novas metodologias que serão estudadas nas universidades quando este período de adaptação passar.”
Marcelo Xavier – Diretor de Ensino da Inspira Rede de Educadores
“O Novo Ensino Médio, aprovado e homologado pelo MEC, passou a ser implementado neste ano de 2022 e trouxe muitos desafios aos alunos, professores e gestores escolares, uma vez que a reforma educacional propõe um aumento da carga horária e o desenvolvimento dos itinerários formativos, que permitirão um maior protagonismo estudantil e também uma nova forma de encarar o ensino, através de uma aprendizagem mais prática, dinâmica e significativa.
A proposta visa atender uma demanda do mercado de trabalho e também os anseios dos alunos. No modelo anterior, a grade curricular era mais estática e, com os Itinerários Formativos, os alunos poderão escolher parte da grade a partir de uma trilha de aprendizagem mais focada em seu projeto de vida, vivenciando situações que vão ajudá-los a decidir os rumos de sua futura profissão e mais condizentes com seus interesses pessoais.
Claro que nem tudo são flores, uma vez que mudar uma estrutura exige esforço, dedicação e recursos, sejam eles financeiros, estruturais ou humanos. Os principais desafios da implementação do Novo Ensino Médio são:
– Estrutura física das escolas que garantam espaços de aprendizagem adaptados à uma educação mais mão na massa, através de metodologia de projetos;
– Formação docente, uma vez que os professores precisam atuar mais como tutores ou mediadores, utilizando metodologias ativas de aprendizagem, na qual os alunos passam a ser os protagonistas neste processo de ensino-aprendizagem;
– Definição mais clara dos rumos dos vestibulares, em especial o ENEM, pois as universidades precisam acompanhar esta nova tendência na educação, valorizando cada vez mais a trilha percorrida pelo aluno e as competências e habilidades por ele adquiridas.
Sem dúvidas, são grandes os desafios da implementação e mudança de cultura educacional em nosso país, mas acredito que este modelo de educação permitirá o desenvolvimento de competências e habilidades relevantes para o século XXI e aproximará ainda mais a escola do mundo do trabalho, de forma que os alunos sejam mais ativos e a aprendizagem mais significativa.”
Thiago Pavan – Coordenador de Itinerários Formativos e Olimpíadas Científicas do Poliedro Colégio
“Desde o início da oferta do Ensino Médio Técnico pelo Senac São Paulo, em 2019, o modelo adotado já correspondia às novas diretrizes que chegaram às demais escolas do país somente este ano.
Percebemos que existia – e ainda persiste, em alguns casos – um certo estranhamento dos alunos vindos de instituições com modelos mais tradicionais, quando imersos na proposta pedagógica do Senac, que é baseada no protagonismo do estudante, projetos de vida e áreas do conhecimento integradas à formação técnica. No entanto, essa adaptação vem se mostrando rápida e eficiente, tanto por parte dos jovens quanto das ações dos professores e da equipe pedagógica para que essa transição aconteça de forma natural e consistente.
Um exemplo de que o Novo Ensino Médio, com o ensino técnico integrado, é de interesse das famílias, é a alta procura por vagas na instituição, que chega a ter lista de espera. Partimos de duas turmas já formadas no ano passado com 60 integrantes, para um corpo discente superior a 6.300 adolescentes, divididos em 19 unidades no Estado de São Paulo, entre os cursos de Informática, Administração, Multimídia e Internet das Coisas (IoT).
Entendemos que modernizar o Ensino Médio e oferecer uma formação técnica integrada aos demais saberes desenvolve cidadãos mais autônomos, com as competências e habilidades exigidas pelo mercado e preparados para os desafios da vida de maneira geral.”
Melina Garcia Cunha Sanjar – Gerente de desenvolvimento e responsável pelo Ensino Médio Técnico no Senac São Paulo
“No Colégio Santa Marcelina, já havíamos implementando o modelo em 2019 e trabalhamos a experiência desde então. Desta forma, a escolha metodológica não foi o principal desafio, uma vez que já estávamos imersos nela. Neste modelo, o estudante é protagonista, o professor assume o papel de mediador e o trabalho é feito por eixos estruturantes, sempre dialogando com as áreas de conhecimento e habilidades previstas para o eixo. Contudo, para as áreas de conhecimento, realizamos um refinamento neste ano, que era algo que já vínhamos experimentando.
Podemos dizer que o grande desafio para 2022 foi o ajuste da carga horária, visto que o colégio ultrapassa as 3 mil horas exigidas em lei. Neste sentido, foi preciso nos reorganizar, pois iniciamos em 2019 com uma média de 80 a 100 horas; passamos, em 2021, para 200 horas, e, agora, em 2022, destinamos mais 200 horas para os itinerários. Isso significa diminuir a carga horária de outras áreas e destiná-las aos eixos estruturantes, bem como aos projetos que estavam sendo realizados no itinerário e às atividades relacionadas ao projeto de vida.
Como já havíamos realizado a diminuição parcial dessa carga horária, o maior obstáculo foi analisar os horários destinados à Base Comum Curricular e determinar as horas que seriam realocadas para o itinerário. Com relação a essa alteração, o principal desafio é o processo de transição, para que não haja subtração da carga horária do conhecimento, garantindo a reorganização e não a perda de conteúdo.
Quanto à recepção dos alunos nesse processo de mudanças, realizamos alterações gradativas. Iniciamos com 80 horas, a partir do desenvolvimento de projetos, alinhamento dos professores, do papel do estudante e do papel da família. Os estudantes participaram da imersão integralmente e, dessa forma, conseguiram compreender e diferenciar o que é itinerário, metodologia ativa, participação ativa e aprender ativamente, o que trouxe segurança a todos.”
Rita Rangel – Gestora Pedagógica da rede Santa Marcelina
“Acredito que as escolas que não investiram em diferenciais pedagógicos e não se prepararam para implementar os Itinerários Formativos e Projeto de Vida em seu currículo antes da reforma se tornar obrigatória estão enfrentando dificuldades para lidar com o aumento da carga horária e, consequentemente, com a falta de professores quantitativa e qualitativamente capacitados para trabalhar com projetos.
Para as famílias, essas mudanças – horário estendido, dois professores em sala de aula e atividades diferenciadas – também causam estranheza ainda.
Aqui, no Colégio Mater Dei, antes mesmo da reforma, já contávamos com aulas interdisciplinares, projeto de vida e programas de integração interclasse há pelo menos três anos, sempre pensando no futuro do aluno, no protagonismo estudantil e na preparação profissional de cada um.
O nosso modelo de aula com carga horária estendida no contraturno foi adaptado para os Itinerários Formativos. Na programação de cada itinerário, os estudantes colocam a mão na massa e pilotam projetos que solucionam problemas reais e atuais nos âmbitos econômico, político, ambiental e social, com a finalidade, também, de desenvolver responsabilidade, cidadania e solidariedade.”
Sueli Cain – Diretora do Colégio Mater Dei de São Paulo
“Discussões acerca de mudanças na Base Comum Curricular iniciaram entre 2016 e 2107, porém a publicação aconteceu apenas em 2018 com obrigatoriedade de implantação em 2022. Dentre as propostas, as mudanças no currículo do Ensino Médio se destacaram por apresentarem um modelo de ensino disruptivo no qual ganham espaço práticas distantes do modelo tradicional, como é o caso dos Itinerários Formativos.
Os Itinerários Formativos envolvem uma nova abordagem de conceitos e conteúdos trabalhados na escola, porém, com a oportunidade da disponibilização de projetos, núcleos de estudo, disciplinas eletivas e tantas outras formas de organização didática. Esse foi o grande desafio para a maioria dos colégios: Como organizar a grade horária dos estudantes? Como promover a formação dos professores? Como provocar essa mudança no cotidiano dos estudantes sem causar efeitos negativos, mas promovendo um impacto importante no aprendizado?
A atenção voltou-se para o estudante e como seria a recepção dos Itinerários Formativos. A necessidade de se promover uma comunicação aberta ficou evidente. Era fundamental que eles percebessem as mudanças como positivas, que eles tivessem espaço para falar e perguntar e que sentissem seus professores seguros.
No Colégio EMECE, os primeiros passos em direção ao Novo Ensino Médio foram dados em 2018, de forma gradual e cuidadosa. Com o compromisso de que o melhor seria feito pela formação acadêmica dos alunos. Nesse momento, professores e estudantes começam a se questionar sobre como seria o vestibular dentro desse novo projeto de ensino.
Com relação aos vestibulares, as dúvidas e incertezas ainda têm espaço entre os alunos. Não há uma diretriz ou normativa que nos ajude a compreender as alterações que serão aplicadas à essas avaliações, que não são obrigatórias, mas que são significativas tanto para os alunos como para suas famílias no projeto de formação e trabalho dos jovens.”
Angélica Larcher – Coordenadora do Colégio EMECE
“A implantação de um novo projeto sempre traz implicações significativas para professores, famílias e estudantes. Para nossos alunos o primeiro desafio esteve na compreensão da necessidade de ter novas disciplinas no currículo e a possibilidade de escolher seu próprio caminho de acordo com suas afinidades. No primeiro trimestre todos os estudantes participaram de uma disciplina da área de linguagens: Expressão Oral e Escrita. Entendemos que a comunicação é uma disciplina que deve ser desenvolvida independente da escolha profissional de cada estudante.
Nas franquias do colégio Luminova, os alunos contaram com a oferta dos novos itinerários formativos desde o início do ano letivo. Oferecemos uma nova base curricular com cursos como Food and Health, Business e Real Math, sendo a competência de Business – Administração e Negócios, a disciplina com maior aderência.
No início surgiram dúvidas dos estudantes quanto a qual itinerário escolher. A indecisão nesta faixa etária é muito comum e não seria diferente com a escolha dos cursos. A Luminova ofereceu suporte aos alunos durante as aulas de Projeto de Vida e permitiu que eles optassem pelo itinerário somente no 2º trimestre, assim, foi possível conversar e discutir a respeito para que a decisão fosse tomada de maneira mais consciente.
Quanto à adaptação dos professores, como não há um currículo único estabelecido, seguimos as competências e habilidades previstas na BNCC para criar itinerários que fossem desafiadores e motivantes para nossos alunos. Para isso, houve o diálogo com as equipes, coordenadores e professores, e o investimento constante na formação profissional.”
Ecia Maria Rubini Sales – Especialista Pedagógica da rede Luminova