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Guia para Gestores de Escolas

Arquitetura: Ambiente em transformação

A estrutura física, tanto externa como interna, é o principal eixo que sustenta uma instituição de ensino. Esta estrutura arquitetônica carrega o histórico da instituição, sua marca e estética, ergonomia, segurança e acessibilidade, assim como agrega os espaços de socialização e os trabalhos de aprendizagens, além de influenciar no bem-estar físico e psicológico, e no acolhimento que uma escola oferece cotidianamente.

O ambiente construído escolar, diz a arquiteta Bruna Vieira de Assis, proporciona um espaço pronto para acolher o usuário, promovendo os desenvolvimentos educacional, social e cognitivo. “A arquitetura voltada para educação torna-se fundamental para criar espaços que abrigam as metodologias educacionais através da estética, forma e função. Arquitetura escolar tem como uma de suas especialidades traduzir em ambientes memórias, métodos e história, proporcionando ambientes inclusivos, personalizados, acolhedores, lúdicos e que respeitem a faixa etária e atividade exercida no espaço”, complementa Bruna, responsável por um escritório mineiro especializado em projetos arquitetônicos educacionais.

Nos últimos anos, avistamos mudanças significativas que começaram a surgir no segmento educacional, como em questões comportamentais, culturais, tecnológicas e, também, na arquitetura e nas disposições da infraestrutura. No epicentro dessas mudanças, localizamos um denominador comum: o movimento de repensar a infraestrutura escolar com o objetivo de se adaptar a novos tempos e a novos anseios de estudantes. Nesse sentido, laboratórios maker, espaço para o desenvolvimento de metodologias ativas e a inclusão de equipamentos acessíveis em toda a estrutura, por exemplo, são demandas importantes.

De acordo com Bruna, um dos principais desafios que a arquitetura encontra, na atualidade, é a adaptação de edificações residenciais em institucionais. Esse processo de adaptação enfrenta inúmeros fatores, o principal deles é tornar esses espaços acessíveis. Em muitos casos, diz Bruna, há resistência da própria gestão da instituição nas adaptações acessíveis, “porém, compreendemos que essa resistência tem um fundo social ao que é atípico. A inclusão espacial tem acontecido de forma lenta, sendo refletida no próprio ambiente educacional. Existe outro ponto, os custos elevados de equipamentos como plataformas, rampas e elevadores.”

Para os/as gestores/as que pretendem repensar a infraestrutura escolar, a arquiteta aponta algumas dicas. A primeira delas é criar uma identidade visual marcante que possa ser integrada à arquitetura, com elementos visuais que proporcionem uma conexão direta com estudantes e funcionários. É importante pensar na psicologia das cores e em como transpor os tons para criar sensações que auxiliem nas atividades exercidas no ambiente escolar. “Traga a acessibilidade e inclusão para sua escola, pense no todo, pense fora da caixa, atenda não apenas os alunos, mas também seus responsáveis, que em algum momento estarão presentes no ambiente escolar”, diz Bruna. “E preservem suas histórias, porque a arquitetura vem como complemento, uma soma, algo para incluir e gerar novas memórias”, finaliza. (RP)

 

Saiba mais:
Bruna Vieira de Assis – [email protected]
Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil (MEC) – https://www.gov.br/mec/pt-br/media/seb/pdf/publicacoes/educacao_infantil/miolo_infraestr.pdf

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