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Guia para Gestores de Escolas

Autoestima: a consciência e a satisfação em ser nós mesmos

No decorrer da vida encontramos muitas pessoas talentosas, profissionais excelentes, mas que se desvalorizam o tempo todo. Pessoas que não conseguem perceber o próprio valor, que são muito críticas consigo mesmas, que se diminuem em relação aos outros e não conseguem defender suas opiniões, que se sentem impotentes, sem capacidades, possibilidades e que acabam influenciando os resultados da própria vida, por conta da falta de confiança em si mesmo.

Quando a autoestima é frágil, as eventuais críticas recebidas, os julgamentos negativos, as comparações e rejeições, podem levar ao sentimento de medo do fracasso, inadequação, gerar dúvidas, insegurança, medo, ansiedade social e dificuldades de relacionamento.

O sentimento de autoestima refere-se ao julgamento sobre o próprio valor pessoal, a própria dignidade e unicidade como pessoa. Em síntese podemos dizer que a autoestima é a confiança em si mesmo e nas próprias capacidades, a certeza do próprio valor, de ser merecedor de respeito e consideração. Ter baixa autoestima é como dirigir pela vida com o freio de mão puxado, se torna muito cansativo.

A autoestima, a consciência e a satisfação em ser nós mesmos, é construída desde a infância, em um estágio inicial de desenvolvimento, e é marcada já nas primeiras experiências de vida, pelo amor dos pais, pelo carinho da família, pelas experiências na escola e com os professores.

Algumas pessoas receberam confiança e valorização desde a infância, já outras não. Essas, pelo contrário, foram desvalorizadas e desmerecidas. A grande questão é: como desenvolver uma autoestima saudável e forte?

A primeira coisa é reconhecer que todo ser humano tem uma dignidade inviolável, e que o valor não depende de quanto se pode produzir ou de quanto se pode comprar. Não é algo calculável. É necessário considerar a autoestima como o reconhecimento da própria individualidade, o sentimento da própria unicidade. Isto é, aceitar o próprio valor pessoal, mesmo com todas as fraquezas e limitações, reconciliar-se consigo mesmo e com a própria história.

Autoconfiança e autoestima são dois conceitos diferentes, porém conexos. O sentimento de autoconfiança se refere ao julgamento sobre as capacidades pessoais, já a autoestima se refere ao julgamento sobre o valor pessoal, a própria dignidade e unicidade. A autoestima é o pilar, a base de sustentamento da personalidade do ser humano e da sua existência psicológica, onde se constrói a autoconfiança.

A autoconfiança é definida por aquilo que pensamos ser capazes de fazer e conseguir realizar, se manifesta por meio das nossas habilidades e resultados. A autoestima é a consciência daquilo que somos, é a satisfação em ser nós mesmos e reconhecer que temos valor por existir como seres humanos, independente de ter ou não determinadas habilidades ou conhecimentos.

A autoestima se refere ao sentimento de amor e respeito em relação a si mesmo, de sentir o próprio valor, independente do sucesso ou do fracasso de um objetivo e dos altos e baixos da vida.

Alguns pontos de reflexão importantes para fortalecer a autoestima em nossas crianças e alunos:

– Ouvir, acolher e validar suas emoções;
– Não julgar e rotular;
– Favorecer a autonomia, mantendo o apoio;
– Não superproteger, deixar experimentar;
– Mostrar confiança nas suas capacidades, encorajar;
– Valorizar a dedicação e o esforço, mais do que o resultado em si;
– Reconhecer e elogiar seus pequenos e grandes sucessos.

Uma criança que, graças ao amor, aceitação e validação dos pais, adultos responsáveis e do contexto escolar, cria uma base segura de acolhimento e de amor próprio, construirá, no decorrer do seu crescimento, a autoestima necessária para caminhar pela vida com confiança em direção aos seus objetivos, com forças e motivação para agir e abraçar a vida.

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