fbpx
Guia para Gestores de Escolas

Bilíngue: Formação global e multicultural

Os efeitos produzidos pela globalização movimentam diversas e espessas camadas sociais atuais, refletindo, diretamente, em cenários culturais, econômicos, políticos e, por consequência, na base estruturante de toda sociedade: a educação. Sob essa ótica, “o bilinguismo é um dos fatores que ajudam a preparar alunos para os desafios atuais”, diz Arno Krug Junior, diretor geral de uma instituição internacional de metodologia canadense.

O ensino bilíngue, conta Arno, compreende a “incorporação do idioma ao cotidiano, a oportunidade de vivenciar a língua, de aplicá-la a todos os contextos e atividades realizadas, tornando-a viva, necessária e relevante”. Assim, na contemporaneidade, com base em mudanças significativas, experiências duradouras e diálogos multiculturais, as escolas com ensino bilíngue ganham cada vez mais adeptos.

Percebo um movimento maior de pais procurando colégios com soluções eficazes para a proficiência no inglês dos seus filhos e gestores educacionais mais sensíveis a essa procura”, diz Adriana Albertal, diretora de uma rede de ensino de idiomas.

Segundo a diretora, as escolas bilíngues oferecem um modelo de imersão na língua, geralmente 5 a 10 aulas por semana. “Mas, quantidade não significa qualidade de resultados. Sem integrar a variável de quantidade à qualidade de resultados mensurados, o alto investimento dos pais pode ter um retorno aquém das expectativas. Alguns programas bilíngues alcançam resultados excelentes com apenas 3 a 5 aulas semanais”.

Marcelo Rangel, gerente acadêmico, acredita que a principal vantagem das escolas bilíngues é a aprendizagem da segunda língua ligada ao trabalho nas outras disciplinas. “Há estudos que sugerem que a aprendizagem de uma segunda língua traz efeitos positivos no desenvolvimento das funções executivas, memória de trabalho e controle inibitório. No entanto, entendo que isso só é possível se as escolas forem bem estruturadas acadêmica e pedagogicamente, com profissionais competentes e constantemente atualizados”.

A inserção do segundo idioma, conta Rangel, pode ocorrer nos primeiros anos de vida, aproximando-se, assim, do novo código linguístico. “O contato com a segunda língua desde cedo aumenta a exposição da criança à segunda língua”. Quanto maior as atividades que a criança receber na segunda língua, melhor será o seu domínio e compreensão. É importante ressaltar que além da linguística, o conhecimento social e cultural da nação desse idioma deve ser incluído no panorama de ensino. (RP)

Saiba mais:

Adriana Lila Albertal – [email protected]

Arno Krug Junior – [email protected]

Marcelo Marques Rangel – [email protected]

Receba nossas matérias no seu e-mail


    Relacionados