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Guia para Gestores de Escolas

Bullying: Entenda a importância da intervenção compartilhada

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou no final do ano passado, uma pesquisa bastante preocupante que aponta um aumento nos casos de bullying escolar no país e entre os principais motivos para isso estava a aparência física. A sociedade deve se atentar ao fato de que orientar as crianças apenas não basta, mas que o exemplo parte dos adultos que devem contar com a ajuda das Instituições de ensino para sanar o problema.

As pessoas atualmente se mostram carentes de diálogos que sinalizem para a importância do respeito às diferenças e ao outro. A começar pela revisão de valores, uma vez que se exige respeito ao padrão físico e emocional que fuja do normal. Mas o que é o normal senão uma lente que usamos a partir de nosso próprio olhar de normalidade?

Há uma linha tênue que separa as brincadeiras típicas das crianças e adolescentes daquelas que caracterizam o bullying. Brincadeiras recorrentes, agressões intencionais, sejam verbais, físicas ou mesmo promovidas pelas redes sociais – cyberbullying, realizadas por uma ou mais crianças contra outras crianças ajudam a caracterizar e entender o problema.

Trabalhar com aceitação e respeito às singularidades num espaço escolar permeado pelas pluralidades é um enorme desafio para a prática do respeito. Onde não existe o respeito e não se pratica a tolerância, nasce o bullying, naturalmente.

Segundo a pedagoga, neuropsicopedagoga e franqueada da Tutores em São Paulo, Adriana Bacci, o indivíduo que pratica o bullying pode ter sido ou não um dia a vítima de maneira muitas vezes até inconsciente. “Temos a tendência a replicar papéis e comportamentos que tivemos contato ao longo da vida. Se sou agredido, este é um comportamento que tendencio a replicar: conheço este modelo, me sinto confortável dentro dele, uma vez já vivenciado ao longo da vida, logo, tendo a espelhá-lo”, explica a pedagoga.

Uma criança pode encontrar espaço na escola para extravasar suas emoções de medo e raiva exatamente em quem se mostra mais frágil, principalmente se ela foi largamente exposta a situações de humilhação, desrespeito, agressões físicas e emocionais, sem condições de sair deste julgo de força. Para ela esta é uma forma de ratificar comportamentos conhecidos. Ou, por outro lado, agredir, hostilizar e expor crianças que se mostram mais frágeis ou diferentes dos padrões tidos como normais, como forma de garantir sua própria força ou superioridade.

Na medida em que não se cria espaço, seja na escola, na rua, na mídia e nas relações sociais para a compreensão e aceitação das diferenças, cria-se sementes de intolerância e preconceito, que se expressam especialmente nas instituições de ensino por meio de grupos ou indivíduos que praticam atos e atitudes de exclusão, ridicularizam e hostilizam aqueles que não representam os padrões  considerados “normais”.

De acordo com Adriana, a melhor coisa a ser feita quando acontece o bullying em uma escola é orientar as crianças a contarem para seus pais e responsáveis e estes por sua vez conversarem com a instituição de ensino.

A franqueada da Tutores atenta ao fato de isto não ser tão simples. “Muitas vezes, a vítima está em tamanho sofrimento que não se sente capaz de externar sua dor. Às vezes sente vergonha ou sente que foi merecedora e que é a culpada pelo seu estado. Seu pensamento natural é que ela corresponde a tudo aquilo que seus colegas estão falando. Se sua autoestima estiver rebaixada, como normalmente está, não consegue levantar a sua voz para os que a expõem.”

Aos pais, cabe escutar e ter uma conversa com a escola e, se for necessário, buscar ajuda com profissionais multidisciplinares. Este é um ponto fundamental, pois é na intervenção compartilhada (família e escola) que reside o principal ponto para reverter a situação, que é séria e complexa. As escolas, por sua vez, devem adotar medidas que reconheçam que as diferenças devem vir acompanhadas de espaços efetivos de diálogo e de uma escuta atenta e sem emissão de juízo de valor, para que a criança não sinta medo de julgamentos, acusações e críticas. Dar voz e segurança emocional às vítimas, cria o espaço propício para que ela possa expor sua situação. A vítima precisa se sentir segura para falar e a instituição deve criar espaço para que isto ocorra.

“É fundamental que o bullying acabe dos dois lados, com quem sofre e com quem o pratica, pois há uma importante probabilidade de que a criança que está praticando venha a ser, no futuro, também, aquele que reconhece na força, seu instrumento de poder e fortalecimento. Este é um ciclo perverso que se autoalimenta.”, conclui Adriana.

Sobre a Tutores 

Além do reforço escolar e do programa de tutoria, a Tutores conta com um programa que desenvolve bons hábitos de estudo. Os alunos são orientados a gerenciar seu tempo, reconhecer seu estilo de aprendizagem, organizar o material escolar, preparar-se para provas, entre outras técnicas. O serviço de tutoria oferecido pela Tutores facilita o processo cognitivo das crianças e as auxilia em suas dificuldades de aprendizado.  

A rede atende todas as disciplinas e níveis escolares, trabalha com uma visão multidisciplinar das necessidades de seus alunos e oferece tutorias, aulas particulares, cursos livres, passando pelo Ensino Fundamental I e II, o Ensino Médio, Superior, também orientando no TCC, até a terceira idade com o curso de inclusão digital. Também conta com preparatórios para o Enem, vestibular e concursos, além de aulas de português para estrangeiros.

Pertencente ao Grupo Multus – líder nacional no segmento de microfranquias, a Tutores conta atualmente com mais de 100 unidades em todo país.

Para saber mais, acesse: http://www.tutores.com.br/

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