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Guia para Gestores de Escolas

Como motivar os alunos nas escolas?

Ainda hoje, em pleno século 21, a realidade da educação no Brasil é marcada pela falta de entusiasmo dos estudantes para assistir à aula, para estudar, ter objetivos e encontrar sentido no aprendizado. No entanto, todos sabemos que, sem motivação, o aluno não consegue adquirir um bom método de estudo.

A motivação nasce da necessidade de conhecer a realidade e enriquecer os conhecimentos, para “dar o impulso interno à ação”. Quando o aluno está motivado, ele percebe a ligação e o sentido entre o que estuda e seus sonhos, sua autorrealização. Ele consegue dar um significado ao ensino e fazer a ponte entre o que aprende e a sua vida.

Porém não se trata de uma tarefa simples e fácil: para desenvolver esse entendimento, o papel do professor é essencial. É ele que, com sua função importante e delicada, cuida não só do conteúdo e das matérias, mas, principalmente, do preparo das crianças e jovens para que entendam e construam essa ponte entre a escola, o conhecimento e a realização dos objetivos.

Mas o que pode minar e destruir no aluno a motivação do aprender? Entre os vários fatores envolvidos, podemos identificar:

– A sensação no aluno de incapacidade e de impotência: um estudante pode ser competente, mas ter o sentimento contrário – de incapacidade. Frases como “não vou nem tentar, pois não vou conseguir mesmo”; “eu não sou inteligente como fulano”; e “é difícil, não sou capaz” refletem esse sentimento de impotência para mudar;

– A diminuição da autoestima e a sensação de desvalorização: nessas situações, ele foca apenas nos próprios defeitos e falhas. As qualidades e os potenciais ficam em segundo plano, pois acredita que não os têm. Com essa percepção interna, há um acúmulo de insucessos e decepções;

– A humilhação: esse sentimento pode prevalecer e fazer o jovem recuar, se fechar e reagir à escola de forma agressiva ou até mesmo perder a vontade de estudar e de aprender.

O educador pode ajudar o aluno a encontrar os seus sentimentos de competência, de satisfação interior e autovalorização. Fazer com que se sinta importante, ouvi-lo nas suas dificuldades para identificar eventuais problemas e construir uma estratégia de ação adequada, em vez de evidenciar somente as falhas, são atitudes que ajudam o jovem no seu reconhecimento como ser humano digno e capaz.

Sabemos que as expectativas positivas ou negativas sobre os alunos influenciam consideravelmente em seu comportamento. Quando eles enxergam nos olhos dos professores o reconhecimento, a estima, a confiança, o interesse e o incentivo, vivenciam essas sensações e percebem-nas como possíveis e reais. Assim, naturalmente, ficam abertos ao conhecimento.

Com a ajuda do professor, o estudante trilha um caminho em direção ao amadurecimento pessoal e ao desenvolvimento das suas potencialidades cognitivas, afetivas e humanas. Ele não estuda apenas pela nota, mas vive a experiência como exploração, descoberta, pesquisa, aventura e um meio para construir o seu futuro conectando, assim, a cultura e o conhecimento da escola com a sua vida e o mundo.

A motivação é a chave que conduz o aluno ao sucesso, é a força para aguentar o esforço exigido nos estudos e canalizar a atenção em direção ao objetivo. Quando ela está presente, o esforço é bem tolerado, pois é acompanhado de valor, de sentido e significado.

O professor que valoriza a motivação sabe que é importante não só fazer algo “para os alunos”, mas fazer algo “com os alunos”. Ou seja, aprender em conjunto aos jovens.

Quando o estudante sente essa disponibilidade, o entusiasmo e o apoio que desperta a curiosidade, ele devolve esses sentimento ao educador, contribuindo também na sua trajetória de evolução como ser humano e profissional.

Os professores atentos à motivação de seus alunos obtêm resultados individuais, ampliam a própria autoestima, sentem-se também mais produtivos, eficazes e motivados no desempenho da sua preciosa e de tão grande responsabilidade profissão.

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