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Cotidiano digital: o online cada vez mais presente

A Tecnologia da Informação tem mudado o cotidiano das pessoas cada vez mais rapidamente, e tudo indica que esse ritmo de mudança tende a se acelerar.

É importante que todos tenham ao menos uma ideia de para onde caminhamos: aqueles que não conseguirem um mínimo grau de adaptação a essas novas mudanças tendem a ficar totalmente deslocados profissionalmente e socialmente, com consequências como dificuldades relacionadas ao mercado, empregabilidade, isolamento e outros males.

Especular sobre o futuro na área de tecnologia é perigoso; basta lembrar que em 1943, o então presidente da IBM, Thomas Watson disse que “há talvez no mundo um mercado para 5 computadores”. Já em 2007, quando o iPhone foi lançado, o presidente da Microsoft Steve Ballmer disse: “Ninguém vai pagar 500 dólares por um telefone sem teclado para mandar e-mails”.

Mas, vamos nos arriscar: talvez o maior impacto sobre nossa vida cotidiana será realizado por meio da “Internet das Coisas” (Internet of Things, IoT) – cada vez mais dispositivos serão interligados e controlados via Internet: poderemos acionar nossos eletrodomésticos à distância, automóveis poderão interagir com as ruas e estradas, etc. Mas além dessas aplicações relativamente triviais, cabe lembrar que comporão a IoT relógios inteligentes, roupas, sensores que detectarão coisas como chuvas, ventos, intensidade do tráfego, condições de saúde das pessoas etc. – todos esses dispositivos, que devem ser cerca do 50 bilhões em 2020, poderão interagir entre si, abrindo um imenso número de possibilidades de mudanças. Vale lembrar que nesse ano deveremos ter cerca de 5 bilhões de usuários da Internet.

O constante aumento da velocidade da informação também impactará ainda mais nossa vida diária: vimos como o conjunto de revoltas conhecido como a Primavera Árabe foi viabilizado pelo uso intensivo das redes sociais; agora mesmo no Brasil, temos visto manifestações e movimentos contrários ao governo federal ganharem intensidade em função da facilidade com que pessoas são informadas e acionadas pelas redes sociais.

São também exemplos do poder das redes sociais o fato de tweets enviados por japoneses que estavam sofrendo os recentes terremotos ocorridos naquele País serem lidos por pessoas nos Estados Unidos antes mesmo de que as autoridades responsáveis pelo monitoramento desses fenômenos pudessem emitir alertas acerca da possível ocorrência de eventos como esses. Fato similar ocorreu quando um avião fez um pouso de emergência no rio Hudson em Nova Iorque: antes mesmo que pedidos de socorro chegassem aos responsáveis por resgate, emissoras de TV já colocavam no ar mensagens e fotos feitas por passageiros de barcos que cruzavam o rio.

Tudo isso configura uma situação em que a captura, disseminação e uso das informações ganhem uma dinâmica própria, deixando de ser naquele que os especialistas chamam de “near time” e transformando-se em  “real time“, impactando a vida cotidiana e mesmo a cultura.

Tudo isso parece ser muito útil, mas há preocupações que não podem ser deixadas de lado, especialmente as ligadas à privacidade.

 

*Vivaldo Breternitz é especialista em Sistema da Informação e coordenador da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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