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Dia de ler. Todo dia!

Secretaria de Cultura de Barueri promove evento literário interativo para estudantes e conta com a presença de diversos escritores

Na última quinta-feira (9), a Secretaria de Cultura do município de Barueri promoveu a feira intitulada “Dia de Ler. Todo dia!”. Divididas em diversos espaços, as atrações variaram de acordo com a idade do público a ser atendido: desde estandes para gestantes, até palco de leitura musicada para adolescentes. Como apoiadora do evento, a Câmara Brasileira do Livro – CBL organizou a participação de alguns autores de obras infantojuvenis, que leram suas histórias aos pequenos.

 De acordo com o Diretor de Cultura de Barueri, Dário Steller, a preocupação do departamento surgiu a partir do número de analfabetos funcionais da cidade. “Temos vários projetos sendo desenvolvidos, mas queremos conscientizar a população de forma contundente sobre a importância da leitura”, explica. “O nosso desafio é transformar o município em uma comunidade de leitores. O sonho é expandir o programa para todo o território brasileiro”, pontua. O evento, em conjunto com as diversas ações complementares, alcançam cerca de 40 mil pessoas na cidade.

 Segundo o secretário de Cultura e Turismo João Palma, as ações não se restringem a um dia específico. “Temos pessoas lendo, em voz alta, nos ônibus, praças, escolas. É um custo próximo de zero, pois basta ter um papel na mão. No entanto, temos como resultado uma população que passa a se interessar pelo fantástico universo da literatura”, coloca. “Logicamente, temos que dar passos pequenos rumo a esse objetivo maior. Primeiro, desenvolve-se a vontade de ler e, depois, introduz-se o gosto por obras mais clássicas, mais rebuscadas. É a semente que deixamos”, conclui.

 Ponto alto do evento foi a presença de sete autores, que leram trechos de suas obras para os estudantes. “É um tanto quanto inédito ler para o nosso público. Normalmente, respondemos perguntas e damos autógrafos, não temos a oportunidade de expor nosso trabalho”, opina Heloísa Prieto, escritora que leu partes de um título ainda não publicado. “É uma forma interessante de trocar informações, com jovens motivados e interessados”, pontua Fernando Nuno, que recitou uma obra improvisada.

 Para a autora e psicopedagoga Paula Furtado, o espaço é funcional e consiste um incentivo real à leitura. “As crianças interagem com os livros, escritores e histórias. Têm uma vontade concreta de ingressar nessa jornada”, revela. “É um passo rumo a um resultado bem maior. O contato entre o público final e os produtores do conteúdo é fundamental para difundir a leitura”, complementa Nireuda Longobardi, também autora de livros infantis.

 Sobre a continuidade do projeto, a escritora Silvana Salerno discorre: “é como um vício que você adquire. Começa aos poucos e não quer parar mais”. Já Goimar Dantas, autora de obras infantis e biografias, afirma que “a iniciativa deveria servir de exemplo para outras administrações municipais e demanda mais vontade política do que dinheiro”. Para Silvia Abolafio, que também é designer para obras infantis, a “ideia de parar a rotina e dedicar alguns minutos à leitura é surpreendente”.

 

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