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Guia para Gestores de Escolas

Dica – Arquitetura Escolar: Inovação na Estrutura

Os meandros que constituem a contemporaneidade ressaltam e evidenciam aspectos que interseccionam diversos campos. Acompanhamos, de certa forma, estudos, pesquisas direcionadas, discussões relevantes e ações práticas que compõem, de forma singular, o aparecimento de novas visões, bem como reformulações, adaptações e inovações – sobretudo no que tange a infraestrutura.

Nas últimas décadas, em especial, mudanças contínuas despontaram no segmento educacional, nas questões comportamentais, culturais, tecnológicas e, também, na arquitetura. “Houve uma época, em que as carteiras escolares eram pregadas no chão! Antes, os ambientes eram bem demarcados pela sua única função: biblioteca, sala de leitura, auditório, etc. Hoje em dia, buscamos espaços que sejam multidisciplinares. A biblioteca pode ser também uma sala de contação de histórias ou de informática, por exemplo. Nas salas de aula, temos carteiras que podem se juntar e virar uma grande mesa de debate”, indica Claudia Porto, arquiteta que desenvolve, entre outros trabalhos, um extenso portfólio especializado em escolas infantis.

Na Finlândia, conta Claudia Porto, referência em educação e arquitetura escolar, com um dos melhores resultados globais no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), muitas escolas já não têm mais paredes como as salas tradicionais, mas sim divisórias translúcidas e móveis flexíveis, “dando liberdade para que os professores possam ensinar no local em que julgarem adequado para determinado assunto. As antigas salas foram pensadas para que tivessem uma hierarquia, o professor na frente, mais alto, onipresente. Hoje em dia, já se busca o protagonismo do aluno em busca do conhecimento”.

Tendo a arquitetura escolar no centro das mudanças, o movimento de repensar uma infraestrutura, com o objetivo de se adaptar a novos tempos, representa uma atenção às urgências e necessidades mutáveis e flexíveis que a contemporaneidade nos mostra. “Para ter uma escola que se conecte com os seus alunos é preciso abandonar os velhos padrões. E a arquitetura ajuda muito nisso. Os métodos construtivos têm evoluído muito e é possível realizar uma ampliação ou uma reforma com mais agilidade do que há dez anos, por exemplo”, diz a arquiteta Claudia Mota, especializada no segmento educacional.

De acordo com Mota, algumas dicas são valiosas para os/as gestores/as que desejam reformar e/ou inovar as escolas, como: Avalie o que realmente é importante. Organização é fundamental e um plano de reformas ajuda muito; A estrutura da escola tem que passar a imagem da instituição e conversar com a sua proposta pedagógica; Qualquer mudança no espaço da escola impacta diretamente o dia a dia da comunidade. “É importante pensar em todos que fazem parte comunidade escolar e que frequentam o lugar diariamente. A escola tem que ser um local desejado pelos pais, adorado pelos alunos e estimulante para funcionários e professores”, acrescenta. (RP)

Saiba mais:
Claudia Mota[email protected]
Claudia Porto[email protected]

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