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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Geradores

Matéria publicada na edição 48 | Maio 2009 – ver na matéria online

Um reforço na segurança patrimonial.

Por Rosali Figueiredo

 

Uma escola implantada em 60 mil metros quadrados de área, rodeada de muita vegetação e ao mesmo tempo dotada de laboratórios, salas com projeção multimídia, teatro e biblioteca, esta com amplo acervo e acesso a internet, precisa garantir o funcionamento ininterrupto de seu sistema de segurança. Nem que para isso opte por investimentos mais comuns às indústrias, hospitais, condomínios residenciais e comerciais, como é o caso dos geradores. “Desde que construímos a unidade de Interlagos, há 10 anos, instalamos um gerador, que ocupa uma sala exclusiva, de 15 metros quadrados”, diz Ilse Sparovek, gerente de gestão patrimonial e de serviços do Colégio Humboldt, da zona Sul de São Paulo.

A ideia é assegurar que os equipamentos de segurança, como alarme, CFTV e a iluminação funcionem durante as situações de queda de energia. “Ele é utilizado para socorrer as falhas no suprimento da rede”, afirma Ilse. De acordo com o técnico Edílson Rodrigues, que atua com venda e manutenção de grupos geradores, as quedas são muito frequentes na região de Santo Amaro, também na zona Sul. O investimento é elevado, pondera Edílson, pois um gerador com 150 Kva de potência custa em torno de R$ 40 mil, demanda gastos que podem chegar a R$ 20 mil para a sua instalação e um espaço físico próprio. No entanto, prossegue, o custo se justifica conforme o valor do patrimônio a ser protegido. Além da segurança contra roubos e furtos, mantém em operação os laboratórios e a rede de informática das instituições. O técnico afirma que os geradores já são comuns em colégios técnicos e universidades, justamente “pelo alto valor agregado” de sua infraestrutura e das atividades pedagógicas. É o caso da Universidade de São Paulo, que possui aparelhos em suas muitas unidades, como a Reitoria, e da Unifesp.

No Colégio Humboldt, o gerador supre mais as necessidades da área administrativa, comenta Ilse, mas também garante a iluminação nas salas de aula e o pleno funcionamento da área de informática, tanto da secretaria quanto da parte educacional. Até há pouco tempo, a escola mantinha apenas os equipamentos de segurança ligados ao gerador. Agora, “interligamos todos os computadores, para garantir que não se perca trabalho, arquivos, e para assegurar a continuidade do serviço”. Mas Ilse chama atenção para a necessidade de revisão anual do equipamento, quando é necessária a expedição de laudo por parte de um técnico responsável. O laudo faz parte, por exemplo, das exigências do Corpo de Bombeiros para a renovação do AVCB (Auto de Vistoria). “Na sala em que temos o gerador, não podemos armazenar nenhum outro tipo de material”, destaca.

Segundo Edílson Rodrigues, é fundamental ainda que as escolas façam testes mensais das baterias, quadros de comando e do motor, para assegurar que estejam funcionando nas situações de emergência. Os geradores operam, em sua maioria, a óleo diesel e podem manter uma autonomia de uso entre seis a 12 horas, dependendo da carga exigida. São ainda muito utilizados para ligar as bombas d’água em casos de transbordamentos causados pelas chuvas fortes, quando é comum a interrupção do fornecimento de energia. As empresas que comercializam e instalam o equipamento costumam manter com os clientes um plano periódico de manutenção e vistoria.

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