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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Ensino Artístico

Matéria publicada na edição 26 | Março 2007 – ver na edição online 

Material Artístico

Oferecer uma boa variedade de materiais artísticos e, além disso, adequados à proposta de trabalho do professor é imprescindível para que a escola obtenha bons resultados no desenvolvimento das aulas de Arte. “A materialidade é muito importante no ensino da Arte. O material em si é provocador, instiga e desafia o aluno. É interessante que o aluno tenha à disposição uma diversidade de materiais, já que cada um oferece uma solução diferente”, opina Rosane Acedo Vieira, assessora de Arte do Colégio Pentágono e do Pueri Domus Escolas Associadas, além de coordenadora geral da Escola Viverde, em Bragança Paulista (SP).

O material, frisa a especialista, deve ser adequado à proposta sugerida pelo professor. Se a proposta for interessante mas o material oferecido não é o ideal, o resultado não será o esperado, explica Rosane. Em alguns momentos, o aluno deve ter a possibilidade de escolher o material que irá utilizar. “Indico que aconteçam os ateliês de percurso, quando o aluno pode escolher o material com que mais se identifica”, diz.

A escola deve ter um estoque de material artístico bem organizado e espaços abertos onde o aluno terá acesso ao material. Pincéis bem lavados, potes coloridos organizando os materiais ajudam a passar aos alunos a noção de respeito aos produtos utilizados em sala de aula. O espaço deve dispor também de mesas maiores voltadas para o trabalho coletivo.

O uso coletivo dos materiais, aliás, é outra recomendação de Rosane. “É mais econômico, porque a escola compra embalagens maiores. Além disso, o aluno terá ao seu alcance uma diversidade muito maior de materiais e aprende a usá-los coletivamente”, orienta. Cuidar dos materiais faz parte do aprendizado em Arte, sustenta a educadora: “É um conteúdo atitudinal, saber fechar potes, lavar pincéis, aproveitar sobras, reaproveitar papel.”

Rosane orienta sobre a importância de desenvolver com os estudantes o conceito de transformação. Produzir tintas a partir de giz moído ou com beterraba, utilizar elementos da natureza, como gravetos e pedras, e fazer com que os alunos montem suas próprias telas para pintura estão entre alguns recursos possíveis. “O material artístico não é apenas um acessório para as aulas. É preciso sair do papel e do lápis, dar ênfase ao trabalho coletivo, criando instalações e trabalhos tridimensionais”, resume.

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