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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Tratamento de Piscina

Matéria publicada na edição 36 | Março 2008 – ver na edição online 

Piscina aquecida e limpa

O uso de aquecedores solares para piscinas aquecidas será obrigatório para escolas e edificações como hotéis e condomínios na cidade de São Paulo, conforme a Lei Municipal nº 14.459/07. “Deve-se fazer um estudo de viabilidade técnica, pois não sendo viável, não há obrigatoriedade,” explica o advogado Cristiano De Souza Oliveira.

Quem já possui outro tipo de aquecimento não é obrigado a substituí-lo. É o caso do Colégio Pentágono que utiliza o sistema a gás. A nova lei está alinhada com os princípios de preservação ambiental, pois contempla o uso de energia limpa. Atualmente, 20% dos coletores solares vendidos no mundo são usados para piscinas, segundo a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

A temperatura ideal para a água varia entre 26°C e 30°C. A cobertura isotérmica ajuda a conservá-la. Durante o dia transfere o calor do sol para a água e à noite preserva de 3 a 8 graus da temperatura.

Além do aquecimento, a piscina exige cuidados constantes com a limpeza e tratamento da água. A manutenção começa com a aspiração, uso da peneira e limpeza das bordas. Já o tratamento químico deve ser feito para manter a água cristalina e livre de microorganismos que causam doenças. Os três parâmetros para iniciar o tratamento químico são alcalinidade total, pH e cloro livre, analisados semanalmente (ou até diariamente) com kits ou fitas-testes próprios para isso.

Os parâmetros ideais são: alcalinidade de 60 a 120 PPM (parte por milhão); ph de 7,2 a 7,6 e cloro livre de 1 a 3 PPM. Se estiverem fora do ideal, devem ser corrigidos com produtos específicos. No caso das piscinas de uso coletivo, o trabalho deve ser feito ou supervisionado por um técnico em química.

Uma opção ao cloro convencional é o ozônio, que age 3.120 vezes mais rápido e não é agressivo, porém a água só é desinfetada ao passar pela tubulação onde recebe o gás ozônio. O ozônio apenas elimina os microorganismos, enquanto o cloro previne.

Segundo a Vigilância Sanitária, mesmo na água tratada com ozônio é obrigatório ter um residual de cloro, cuja função é proteger a água de novas contaminações, se for mantido o residual mínimo de 1 ppm. A desvantagem é o desconforto que causa nos usuários, como ardência nos olhos e ressecamento da pele e cabelos, além do cheiro do cloro.

Para eliminar esses incômodos, o Colégio Pentágono trocou o tratamento de cloro convencional pelo salinizado em suas piscinas que ficam nas unidades de Perdizes e Alphaville.  “Trata-se de tecnologia automatizada, que proporciona uma cloração uniforme. Produz o agente desinfetante (cloro) no próprio local, com uma solução de salmoura (água+sal), eliminando os problemas de transporte e armazenamento de bombas de cloro”, explica o professor Geraldo Basso Barbosa, coordenador da Escola de Esporte na unidade de Perdizes. Outras vantagens são baixo custo e aplicação com a piscina em uso.

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