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Guia para Gestores de Escolas

Dicas — Artigos Esportivos

Matéria publicada na edição 59 | Junho/Julho 2010- ver na edição online

Do tradicional ao âmbito mais aventureiro.

Bolas, bambolês, cones, redes, bóias, apoiadores para piscinas, entre outros, figuram como equipamentos esportivos comuns a grande parte da rede particular de ensino, mas paredes de escalada e a chamada falsa baiana aparecem como estruturas mais apropriadas aos clubes e hotéis de lazer do que às aulas de Educação Física. Ledo engano. O professor Luiz Henrique Fleck, do Colégio Santa Amália, utiliza ambas com os estudantes do Ensino Fundamental I da unidade do Tatuapé, na zona Leste da Capital, dentro do horário regular da disciplina. “Com as atividades de aventura consigo trabalhar os objetivos curriculares da mesma forma em que faço com o convencional, e ainda introduzo o desafio”, afirma Luiz Henrique.

A parede e a falsa baiana faziam parte das atividades extracurriculares da escola, mas acabaram incorporadas em 2008 à didática da Educação Física. “É uma coisa muito nova”, observa o professor, destacando que elas permitem “um melhor enfrentamento de alguns medos, atingindo os mesmos objetivos pedagógicos”. “Cada agarra da parede proporciona uma pegada distinta e exige força, equilíbrio e posição diferenciados”, comenta Luiz Henrique, pós-graduando em esportes e atividades de aventura. Já com a falsa baiana, que envolve o deslocamento de um ponto a outro por meio de duas cordas, é possível propor circuitos radicais e mais desafiadores.

Claro que o formato mais convencional não foi abandonado. Os novos equipamentos enriquecem a didática da Educação Física, que tem seus objetivos muito bem delineados. “Na Educação Infantil e no Fundamental I procuramos construir uma base motora para a criança”, afirma Luiz Henrique. Também no EFI se introduz as modalidades esportivas, mas o trabalho principal ainda recai sobre a consolidação do desenvolvimento motor. O importante, destaca o professor, é que os alunos vivenciem a maior variedade possível de materiais, tamanhos, texturas e cores, para que se possa desenvolver “aspectos de musculação, equilíbrio, socialização e exploração corporal”.

A empresária e professora da área, Louise Maria Matakas, que possui uma escola de esportes, afirma que os equipamentos variam conforme a fase de desenvolvimento do estudante. “Entre os pequeninos, trabalhamos habilidades locomotoras, não locomotoras e de manipulação, por meio de bolas de diferentes tamanhos, bambolês, cordas, colchonetes, petecas e raquetes pequenas”, enumera. Para o EFI, são acrescentados artigos mais relacionados às próprias modalidades esportivas (futebol, vôlei, basquete etc.). No entanto, ressalva, a abordagem dos esportes coletivos nesta fase escolar reside menos no aspecto competitivo e mais no condicionamento físico, na resistência e na socialização.

Segundo Louise, a estrutura mínima necessária para um professor trabalhar bem com o EFI inclui bolas das diversas modalidades, apitos, coletes, cones, bambolês, bastão e cordas. Já em atividades extracurriculares, como a natação, são indispensáveis as pranchas, flutuadores, palmares, espaguetes e camas elásticas para a hidroginástica. Louise destaca, porém, que as escolas estão mesmo inovando na área como forma de motivar os alunos mais resistentes à Educação Física, especialmente os do Ensino Médio. “Já há instituições desenvolvendo modalidades típicas de academia no ensino regular, como a dança”, revela.

Saiba Mais:

Louise Maria Matakas
[email protected]

Luiz Henrique Fleck
[email protected]

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