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Guia para Gestores de Escolas

Dica – Construtora

Matéria publicada na edição 19 | agosto 2006 – ver na edição online 

Construção sem dor de cabeça

O diretor de escola que já investiu numa reforma ou na construção de um novo prédio sabe o quanto é importante a escolha de uma boa construtora para a execução do serviço. A empresa deve cumprir com prazos e com especificações previstos em contrato. Para a arquiteta Heloísa Herkenhoff, sócia de Luiz Bloch no escritório Bloch Arquitetos Associados, na escolha da construtora deve pesar a idoneidade da empresa, sua saúde financeira e a responsabilidade com prazos. É fundamental, segundo Heloísa, que o futuro cliente visite outras obras executadas pela construtora e peça referências. Outro critério decisivo são experiências anteriores da construtora em trabalhos com escolas. “Uma experiência anterior pode ser significativa, por exemplo, na escolha dos materiais adequados”, explica Heloísa. O uso de paredes de dry wall numa sala de aula pode não ser a melhor opção. “O material pode estar sujeito a furos feitos pelos alunos com canetas”, diz a arquiteta.

O contrato entre a escola e a construtora pode ser feito de duas maneiras: por administração ou por preço fechado. Na primeira forma, a construtora faz as compras, repassa os custos e ganha uma porcentagem prefixada. Já o contrato por preço fechado exige um orçamento prévio detalhado. “Por um lado, dá mais segurança à escola, que já sabe quanto a obra custará. Por outro lado, deve haver confiança entre as partes de que não haverá substituição de materiais. No orçamento, é preciso checar se não falta nenhum item de acabamento, que depois pode gerar surpresas, pois era um custo que não estava previsto”, sustenta Heloísa.

Qualquer que seja o tipo de contrato, antes de decidir-se pela construtora, a escola deve ter em mãos os projetos para a realização da obra, incluindo projetos de arquitetura, de sondagem do terreno, de elétrica e de hidráulica. “Se for uma reforma, os cuidados devem ser ainda maiores, já que nem sempre há memória do que foi construído. É necessário um levantamento muito bem feito por parte do engenheiro projetista, e atenção na hora de construir para não estragar o já existente”, explica. Um arquiteto pode coordenar todos os projetos complementares e inclusive auxiliar a escola na escolha da construtora. É justamente na fase dos projetos que devem ser previstos itens da construção como acessibilidade para pessoas com deficiência, reaproveitamento de águas pluviais, uso de energia solar e até mesmo mini-sistemas de tratamento de esgoto. “Há detalhes construtivos que podem ser adotados como uma opção educativa da escola”, finaliza.

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