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Guia para Gestores de Escolas

Educar por meio do esporte

Obras Sociais do Colégio Santo Américo oferecem aos alunos

treinamentos esportivos

Há casos como o de Rodrigo Rocha, que desde 2012 está nos EUA e atualmente estuda e corre pela Mississipi State University. Como aluno do CCT de Paraisópolis, um dos núcleos das Obras Sociais do Mosteiro São Geraldo, Rodrigo participava dos treinos de atletismo oferecidos em parceria com a ONG Symap. Pelos seus excelentes índices como velocista, foi chamado a participar do Sul-Americano no Chile em 2010, conquistando três medalhas para a seleção brasileira. Transformou-se, assim, em atleta de elite da Symap, que conseguiu para ele uma bolsa de estudos americana graças a seu desempenho esportivo.

Já Vagner Tenório, também ex-aluno do CCT de Paraisópolis e atual aluno da Casa Azul Panônia, outra unidade das O.S., começou a jogar handebol nas Obras Sociais aos 8 anos de idade. Extremamente talentoso, alguns anos depois foi chamado para treinar no clube Pinheiros, pelo qual foi campeão paulista, e hoje é federado pela Hebraica. Além disso, por destacar-se como jogador de handebol, Vagner ganhou uma bolsa de estudos da Unip, onde faz faculdade de Educação Física.

Esses e outros exemplos de atletas de sucesso, que começaram a treinar nos cursos de handebol, futebol e atletismo das Obras Sociais, são certamente motivo de orgulho para a entidade e modelo para outras crianças e jovens. No entanto, ao oferecer esporte para seus alunos, as Obras Sociais têm um objetivo mais amplo: “Em primeiro lugar, queremos transmitir valores para que eles se tornem cidadãos com uma meta na vida”, explica Elizabeth Elias, superintendente das O.S.

Luiz Márcio Berlfein, que há dez anos começou a dar aulas de handebol nas O.S. ao lado do idealizador desse curso, Marcelo Ferraz Sampaio, ex-goleiro da Seleção Brasileira de Handebol, mostra-se alinhado à missão da entidade. “O esporte é uma ferramenta para formarmos pessoas com responsabilidade. Também trabalhamos a autoestima desses meninos, que muitas vezes se sentem inferiorizados. Lembro-me que no nosso primeiro jogo, há dez anos, perdemos de 27 a 1, e hoje temos vários títulos. Somos respeitados, e isso é muito importante para essas crianças, que saem de sua comunidade e veem que têm capacidade e podem conquistar melhores condições de vida”, afirma o professor.

Para que as equipes alcancem um ótimo desempenho técnico e os atletas assimilem os valores que as Obras Sociais desejam transmitir, os professores dos cursos de handebol, futebol e atletismo são exigentes com os alunos, cobrando não apenas assiduidade, comprometimento e esforço, como também respeito a colegas, adversários e juízes. Há, inclusive, algumas regras rigorosas: se o aluno faltar excessivamente nos treinos, não pode participar de alguns jogos; se ocorre desrespeito, é suspenso por um determinado período de tempo. Os alunos também devem estar matriculados em escolas da região, apresentar certificado de frequência nas aulas e comprometimento com os estudos. Em cada rematrícula nos cursos de esporte das O.S., são solicitados ainda comprovante de matrícula e o histórico escolar.

“Ao nos empenharmos na formação desses meninos, nós, professores, nos tornamos uma referência para eles. Muitos, inclusive, não têm pai ou mãe e nos procuram para conversar sobre suas vidas. Assim, vamos criando um vínculo importante, que muitas vezes os mantém longe das ruas, das drogas, do crime. Sinto-me extremamente realizado com esse trabalho e acredito que recebo mais do que ofereço, porque o carinho, o retorno que eles nos dão é muito grande”, observa Tiago Pizaneschi, professor do curso de handebol há oito anos.

O vínculo que os professores estabelecem com os alunos é realmente forte, comprovando que os treinos vão muito além da prática esportiva. Apesar de já estar na faculdade e competir pela Hebraica, Vagner Tenório, por exemplo, ainda treina nas Obras Sociais e participa das competições. Ele faz parte do grupo de adultos que, mesmo já tendo terminado o ciclo de aprendizado nas Obras Sociais, ainda faz questão de treinar e competir pela entidade, não só pela qualidade dos técnicos, mas pela amizade e acolhimento que sentem.

“Nossa maior satisfação é constatar que esses jovens estão bem, procurando trilhar caminhos bons. É ótimo ver como eles realmente estão comprometidos, têm muita garra, também uma vontade enorme de aprender e de ter oportunidades na vida. Isso é impressionante e muito gratificante”, assevera Luiz Márcio.

 

Sobre o Colégio Santo Américo (www.csasp.g12.br)

              Fundado em 1951 e mantido pelo Mosteiro São Geraldo de São Paulo, o Colégio Santo Américo prioriza, de um lado, a transmissão de valores religiosos e humanistas, visando à formação integral do aluno, e, de outro, a excelência acadêmica para preparar o estudante a prosseguir seus estudos nas melhores faculdades.

             A escola destaca também em seu projeto educacional os esportes, as artes – em particular a música – e a tecnologia, além do período integral, que contribui para a formação global do aluno.

             O Colégio Santo Américo conta atualmente com 1.868 alunos, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Está localizado na rua Santo Américo, 275, no Morumbi, zona sul.

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