Ensino híbrido: Abordagem pedagógica na atualidade
Diante de mudanças significativas que atravessamos – mudanças que foram, de certa forma, intensificadas durante esse período pandêmico – o sistema educacional abriga, em seu interior, uma característica urgente: (re)estruturar os modelos educacionais à luz das necessidades contemporâneas. Assim, o ensino híbrido, que surge como uma metodologia ativa, pode ser uma das chaves para a compreensão dessas mudanças.
Dinamara Machado, diretora da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Uninter, conceitua ensino híbrido como uma combinação entre a abordagem pedagógica presencial e a realizada a partir de tecnologias digitais. “É uma nova proposta pedagógica, que possibilita acesso ao sistema educacional, democratizando muito além do previsto até o momento atual.”, destaca.
Incentivando o protagonismo e a autonomia dos estudantes, a personalização da aprendizagem, a construção de um ritmo de estudos, e as possibilidades para explorar conteúdos em diversas ferramentas e formatos, o hibridismo pode despertar algumas características positivas na aprendizagem, já que “o estudante passa a ter experiências estimuladoras por conta dos caminhos escolhidos e das responsabilidades tomadas, o que gera autonomia e a respeitosa liberdade”, destaca Machado.
NA PRÁTICA
No Colégio Stella Maris Água Verde, localizado em Curitiba (PR), a inserção do ensino híbrido na rotina da instituição se deu a partir da pandemia do coronavírus que atravessamos desde o primeiro semestre de 2020. Ana Claudia Alexandrini, diretora do colégio, nos conta que professores organizam suas aulas através dos cadernos digitais, assim como o direcionamento das atividades para a fixação de conteúdo, leituras, produção de texto e avaliações. E as atividades propostas aos alunos são mais práticas e dinâmicas, tendo, consequentemente, um feedback mais rápido e preciso da evolução de aprendizagem do aluno.
“Temos a aprovação da comunidade escolar, pois partimos da premissa de que o educando deve ser desafiado constantemente com problematizações que o levem a refletir o real significado da aprendizagem, algo que será concretizado com eficácia através do Ensino Híbrido”, ressalta a diretora.
Na Escola Pedro Apóstolo, também de Curitiba (PR), o ensino híbrido começou a ser trabalhado na instituição como uma necessidade ao enfrentamento da Covid-19, e a adaptação de cada criança foi diferente em relação ao modelo híbrido. “A idade é um fator determinante na adaptação ao ensino híbrido. No entanto, os alunos que frequentam as aulas com assiduidade, seja ela presencial ou on-line, conseguiram acompanhar e mantiveram seu processo de ensino e aprendizado em evolução”, reflete Carolina Paschoal, diretora do colégio. (RP)
Saiba mais:
Ana Claudia Alexandrini – [email protected]
Carolina Paschoal – [email protected]
Dinamara Machado – [email protected]