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Guia para Gestores de Escolas

Ergonomia: Cuidado, saúde e bem-estar

A estrutura escolar abriga, diariamente, um número expressivo de alunos e alunas, bem como docentes e funcionários que compõem as diversas áreas de uma instituição de ensino. Tendo o ambiente escolar o espaço onde as crianças passam o maior tempo durante o dia, assim como os educadores e demais funcionários, é de extrema importância promover interações saudáveis em aspectos que envolvem características organizacionais, físicas, mobiliárias, além de conforto, saúde e bem-estar que podem impactar diretamente na relação com o aprendizado.

A ergonomia, caracterizada como um estudo sobre a relação entre o trabalho e os indivíduos, é desenvolvido através de “técnicas de adaptações para que as condições de trabalho promovam saúde e segurança, aspectos os quais permitem que os resultados sejam bem-sucedidos”, afirma a arquiteta Amanda Schulz.

Dessa forma, a ergonomia no contexto escolar, conta Schulz, é muito importante – é necessário que todas as condições de trabalho, desde a iluminação adequada, mobiliário, até a climatização do ar, promovam em cada indivíduo uma sensação de bem-estar. Assim, é possível afirmar que a adequação ergonômica do ambiente é tão essencial quanto o programa curricular.

É esperado dos professores melhores métodos de ensino e dos alunos desempenho satisfatório no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, que ambos realizem o melhor em suas atividades. No entanto, é preciso entender que o sucesso do aprendizado não é uma responsabilidade somente do professor e do aluno, mas também das condições do ambiente que a escola oferece”, ressalta Schulz.

Para garantir uma ergonomia educacional, com contribuições significativas ao rendimento do aluno e a qualidade do trabalho do professor, é necessário observar e acompanhar certas ações, que podem ser tomadas pelo próprio gestor ou mantenedor da instituição. Para isso, é necessário realizar uma análise ergonômica total de todos e todas que transitam diariamente na escola, criar um diagnóstico e, após esse levantamento, efetuar os ajustes – tanto nos mobiliários, como no ambiente (iluminação, temperatura, ruído), como organizacional (jornadas de trabalho, pausas, orientações).

Segundo a arquiteta, é importante destacar que, além dos itens com qualidade na iluminação, mobiliário, climatização, etc., a instituição ofereça ações de educação sobre ergonomia – desde palestras sobre postura nas carteiras quanto a importância do esporte para a prevenção de doenças, higiene, organização, entre outros.

“Ações como alongamentos após determinados períodos, tanto para os professores quanto para os alunos, são interessantes, ainda mais se feitas em conjunto estimulando e melhorando as relações entre professores e alunos. Outra ação significativa é praticar algumas atividades de ensino fora do ambiente comum do dia a dia, como por exemplo as aulas de química fazendo experimentos em laboratórios, biologia analisando e estudando com o que o cotidiano tenha a oferecer”, completa. (RP)

Saiba mais:

Amanda Schulz – [email protected]

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