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Guia para Gestores de Escolas

Especial Digital: Lousas digitais e as novas dinâmicas de ensino

A atualidade é atravessada por uma era tecnológica: ferramentas, aplicativos e recursos digitais incorporaram em nosso cotidiano em todos os aspectos – pessoal, profissional e educacional. “Podemos afirmar que a inserção de ferramentas e aparatos tecnológicos é uma realidade cada vez mais presente em todos os ambientes, principalmente nos espaços de aprendizagens”, reflete André Bachiega, diretor da escola E.E.Professor José Edson Martins Gomes.

A geração de alunos que adentram as escolas diariamente possui um volume de informação internalizada, conhecendo, utilizando e adaptando todo mecanismo digital em sua rotina. Mas, a inserção tecnológica em sala de aula, por exemplo, depende de uma infinidade de fatores que devem ser analisados criteriosamente.

Lucas Grubba, analista de tecnologias da Rede Marista de Solidariedade (da Rede Marista de Colégios), afirma que implantar ferramentas digitais na escola envolve importantes análises que devem ser consideradas para determinar a melhor forma de promover essa nova etapa da instituição escolar.

“Quando a tecnologia está alinhada a um objetivo pedagógico bem definido e ao domínio do seu uso, o ganho é para ambos os lados no processo de ensino e aprendizagem. O educador tem em mãos uma ferramenta compatível com a linguagem do seu público, capaz de coletar informações e fomentar o desenvolvimento de habilidades técnicas e pessoais”, ressalta o analista.

LOUSA DIGITAL

De acordo com Esdras Santana, empresário do setor, há inúmeras vantagens na adoção de lousas digitais, especialmente na característica amigável ao ambiente educacional – já que é muito parecido com um quadro normal “e em determinados modelos é permitido receber a escrita convencional, deixando o professor confortável para escolher o momento certo para iniciar o uso da tecnologia”.

Dessa forma, alguns recursos podem ser observados, como a visualização de vídeos, áudios, animações com a possibilidade de intervenções do professor ou aluno a qualquer momento, inserindo marcações, comentários e aplicações pedagógicas que o professor desejar. “Tudo é possível quando usamos uma solução completa dentro da sala, podendo até toda aula ministrada ser gravada com os comentários e intervenções pedagógicas e, no final, enviada para os alunos reforçarem nas tarefas de casa”, ressalta Esdras.

Um ponto importante defendido pelo empresário é compreender a lousa digital não apenas como um produto, mas sim um projeto a ser adotado pela instituição. Essa ideia de projeto prevê a implantação dessa tecnologia como uma experiência positiva, bem como a elaboração de um “plano eficaz de treinamento, capacitação no uso das ferramentas que compõem a solução digital, além de um acompanhamento pleno para tirar dúvidas e aumento de performance, potencializando o ensino na instituição”.

AULAS DINÂMICAS

Priorizando um ensino de qualidade aliando conteúdos pedagógicos às vivências e às questões sociais, o Colégio Agostiniano São José – que possui algumas unidades em São Paulo – atento às novas demandas na educação, iniciou a implantação das lousas digitais em 2009, a princípio apenas no Ensino Médio. E, posteriormente, todos os segmentos foram contemplados com esta tecnologia.

“As lousas tradicionais não permitem a diversidade e a gama de ilustrações que a lousa digital oportuniza. A pluralidade de links e a possibilidade do manuseio com textos de tipologias diversificadas a um só tempo fazem com que o aluno desenvolva habilidades múltiplas que a lousa tradicional deixa de ofertar”, diz André Condes Ferreira, coordenador pedagógico do Ensino Fundamental II do colégio.

O coordenador acredita que, na atualidade, os estudantes vivenciam a realidade digital e virtual no cotidiano, dessa forma, há uma facilidade na adaptação aos recursos tecnológicos, bem como a identificação com a interface das lousas digitais durante o aprendizado. Assim, a implantação de lousas digitais foi “uma das ações mais assertivas da instituição, visto a possibilidade de utilização de seus inúmeros recursos em sala de aula, beneficiando professores e alunos”, complementa André.

MÚLTIPLAS PROJEÇÕES

Completando 45 anos de história em 2019, o Colégio Notre Dame – considerado um dos mais tradicionais da Baixada Santista – possui, em seu alicerce, um projeto pedagógico aliado a filosofia humanista, permitindo o desenvolvimento de cada aluno através de uma ampla e variada infraestrutura que contempla, entre outras, salas equipadas com computadores, notebooks e lousas digitais, além de projetos orientados para a educação tecnológica.

“A tecnologia está presente em toda a sociedade, inclusive nos materiais de estudo”, diz Camila Micheletti, diretora de comunicação do Colégio Notre Dame. “Detectamos a necessidade de ter uma ferramenta que nos auxiliasse em matérias que pediam mais dinamismo, interação. E a lousa digital foi a ferramenta que encontramos que mais atendeu essa nossa necessidade”.

Através dos recursos propostos pela lousa digital, conta Camila, os educadores utilizam os materiais interativos de seu sistema de ensino, acessam vídeos da plataforma YouTube, realizam visitas virtuais em museus e centros culturais espalhados pelo mundo, entre outras propostas.

“A lousa digital é mais dinâmica. O professor pode usar de uma única vez o equipamento para projetar fotos, vídeos e escrever. Isso é muito enriquecedor e pode ser utilizado em diversas aulas, com vários propósitos diferentes. Precisamos lembrar que graças à internet e à evolução tecnológica, os conteúdos que temos hoje para auxiliar o meio pedagógico são muito vastos”, reflete a diretora de comunicação da instituição.

Sobre as possíveis relações entre as aulas tidas como “tradicionais” e as aulas com os recursos digitais, Camila acredita que mesmo com o aumento de uma recepção positiva à tecnologia, não significa “que as aulas tradicionais estejam com os dias contados”, mas que é necessário manter um equilíbrio entre visões on-line e off-line – ou entre lousas digitais e convencionais.

“Hoje, no Notre Dame, temos algumas salas equipadas com lousas digitais, que são usadas quando o conteúdo da aula pede mais interatividade e possibilidade de múltiplas projeções. Claro que tudo precisa de equilíbrio, então precisamos ficar sempre atentos para que a inclusão de tecnologia na sala de aula venha para somar no aprendizado, não diminuir. A partir do momento em que a tecnologia deixa de ser benéfica e passa a desviar a atenção dos jovens, ela não é mais bem-vinda na escola”, finaliza. (RP)

 

Saiba mais:
André Bachiega – [email protected]
André Condes Ferreira – [email protected]
Camila Micheletti – [email protected]
Esdras Santana – [email protected]
Lucas Grubba – [email protected]

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