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Guia para Gestores de Escolas

Filantropia: Formação humanizada

Proveniente das expressões gregas “philos” e “anthropos” que traduzem-se livremente como “amor” e “ser humano”, a etimologia da palavra filantropia pode ser interpretada como “amor ao ser humano” – ou à humanidade. Dessa forma, a filantropia carrega, em si, características de auxílio ao outro ser humano, seja de forma individual ou coletiva.

Para o contador Mário Candido, a filantropia pode ser entendida como um conjunto de ações destinadas a atender pessoas em situação de desemparo social e/ou emocional. “Nesse sentido, promover ações filantrópicas nas escolas é promover a formação humanística em sua integralidade, algo fundamental na construção de um ser humano mais completo e responsável com as suas necessidades e as de outras pessoas, incluindo o planeta em que vivemos”.

No âmbito escolar, especialmente na formação integral dos estudantes, a inclusão de ações sociais no cotidiano da instituição de ensino propõe a reflexão sobre a coletividade, o respeito ao outro e a compreensão de realidades e culturas diferentes. De acordo com o Mário Candido, que possui mais de 20 anos de experiência na área de filantropia, as ações sociais podem ser inseridas desde o ensino fundamental e, posteriormente, expandir as atividades com o intuito de aproximar da realidade dos estudantes.

“Com o amadurecimento das crianças, é possível inserir atividades que vão desde o cuidado de um jardim ou de uma horta, o recolhimento de pilhas e baterias, ações de limpeza e manutenção, até ações ou campanhas de arrecadação para alguma causa próxima à realidade das crianças envolvidas”, ressalta Candido.

Na prática, para os gestores que desejam agregar ações filantrópicas em suas instituições, Mário Candido destaca que a filantropia pode ser aplicada em diversas ações, e não apenas na concessão de bolsas de estudo: “O gestor é justamente a pessoa que, pela proximidade com a realidade de uma determinada escola, pode identificar ações sociais a serem desenvolvidas, que vão desde a necessidade de auxílio na alimentação de determinados alunos, até necessidades coletivas mais estruturadas”.

Dessa forma, a escolha dos lugares que serão beneficiados por essas ações, pode privilegiar a própria escola e seu entorno, aproximando toda a comunidade escolar (estudantes, professores, famílias), além de permitir que o aluno vivencie a transformação e a melhoria da realidade em sua volta. “Com isso, não estou dizendo que outras ações devem ser descartadas. Uma campanha de arrecadação de alimentos, cobertores ou outras necessidades, o apoio concreto a uma causa ambiental ou outras demandas são tão importantes quanto as ações mais próximas”, reflete Candido. “A filantropia não é somente assistencialismo. Ações desse tipo são importantes pela consciência humana que trazem, além de atender demandas mais emergenciais. Entretanto, ações de longo prazo e mais estruturadas e transformadoras são mais do que necessárias”, finaliza. (RP)

Saiba mais:
Mário Candido – [email protected]

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