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Guia para Gestores de Escolas

Fim de ano é hora de pensar em sua educação financeira

 Matéria publicada na edição 104| Dezembro 2014 – ver na edição online

Por meses venho falando sobre como a educação financeira muda a vida das escolas e alunos, contudo, no fim do ano, não tem como não levar para o lado pessoal e falar de como ajustar as finanças para que o ano de 2015 seja realmente próspero e, principalmente, para que não se endivide neste fim de ano.

Isso porque este é um período de ganhos extras, mas, principalmente de muitos gastos, como comemorações, presentes, viagens e despesas do ano novo – IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, entre outras. Por isso, esse é o período ideal para promover uma “faxina” financeira no orçamento, com o objetivo de diagnosticar a atual situação das contas.

Portanto, antes de ir compulsivamente às compras de fim de ano, faça um diagnóstico da sua situação financeira. Relacione todas as despesas fixas e variáveis para descobrir o comprometimento dos seus ganhos com as dívidas. Investigue para onde está indo cada centavo dos seus ganhos. Só assim, conseguirá saber quais são os gastos supérfluos que podem ser eliminados.

Verifique em qual característica se encontra nesse fim de ano, se está endividado/inadimplente, equilibrado ou se já é investidor. Dependendo de qual for sua situação, uma postura diferente deve ser tomada nesse fim de ano.

Se está endividado, quer dizer que já tem mais despesas do que seu bolso suporta. Certifique-se de que, mesmo estando no azul, vai conseguir pagar as compras que pretende fazer nesse final de ano, inclusive contando com as parcelas que se arrastarão pelo ano seguinte, somando-se aos gastos extras com impostos e escola, por exemplo.

Faça escolhas que estejam dentro do seu padrão de vida. Se as condições não permitem, procure outras opções igualmente prazerosas e de menor valor. O ideal é não se endividar com compras e viagens de final de ano. Pesquise os melhores preços de presentes e itens da ceia e das festas e experimente estipular um valor máximo a gastar com cada item, lembrando-se de pedir desconto, sempre.

Felizmente, nem todos estão endividados. Quem está numa situação mais confortável, de equilíbrio financeiro, mas ainda não tem o hábito de poupar, também alerto que deve ter muito cuidado, pois, esse período é muito propício a deslizes que levam ao endividamento. Acredite, sua situação não é de estabilidade, mas sim de problemas eminentes. Assim, aproveite o período para se planejar, estabelecer sonhos e iniciar uma reserva, mantendo essa prática durante todo o ano de 2015.

Para quem já tem perfil investidor, com os ganhos extras do período, pode se ter uma ótima oportunidade para incrementar o investimento. Metade pode ser destinado para alguma aplicação que a pessoa já possua e os outros 50% podem servir para planejar um salto em direção à sua independência financeira, investindo, por exemplo, em previdência privada.

Lembre-se: fim de ano também é tempo de fazer planos para o futuro. Aproveite para reunir a família, inclusive as crianças, para conversar sobre o que querem realizar nos próximos anos. Definam três sonhos prioritários que tenham diferentes prazos a serem realizados – curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo (acima de dez anos). Esse será um fator de motivação para ajustar e conduzir o orçamento familiar.

Seja qual for o perfil do leitor, desejo que 2015seja azul para todos!

 Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Presidente da Abefin (Associação Brasileira dos Educadores Financeiros), autor dos livros Terapia Financeira, Eu Mereço Ter Dinheiro, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país.  

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