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Guia para Gestores de Escolas

Inadimplência escolar, retenção e o trabalho de marketing nas escolas

Por Rafael Pinheiro / Fotos Divulgação

Fábio Silvestrini Aparício

“Fortalecer a marca, trazer o olhar do cliente, fidelizar as famílias, garantir a excelência das entregas e tomada de decisões com maior assertividade. O marketing fará com que o trabalho realizado pela instituição ganhe visibilidade, reconhecimento e mostre a credibilidade do trabalho realizado. Faz com que grandes projetos pedagógicos sejam valorizados e cheguem ao conhecimento do público”, destaca Fábio Silvestrini Aparício, Coordenador Comercial e Marketing do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória (SP)

Projetos, planejamentos, estratégias, resoluções, melhorias. Essas palavras-chave ganham uma notoriedade imensurável quando o assunto é gestão escolar. O desenvolvimento plural e significativo está alicerçado no diagnóstico, na proposição de metas, identificação e planejamento de ações a serem utilizadas e na resolução. Construindo, assim, uma força motriz de trabalho e gerando, sem dúvida alguma, resultados satisfatórios.

É possível localizar, então, a gestão escolar como um circuito que engloba setores, particularidades, acompanhamentos e análises centrais pautadas no bem-estar do espaço comum. Além de conduzir estratégias, inspirar novas soluções, valorizar as habilidades dos indivíduos e trabalhar, em conjunto, em prol do mesmo objetivo, a rotina dos gestores refletem, a todo momento, uma busca pela excelência administrativa.

Observando a instituição de ensino inserida em um contexto sociocultural, é interessante ressaltar que diversas ações que acontecem nos âmbitos pessoal e financeiro de todos os pais, mães e/ou responsáveis, reverberam – de maneira direta ou indireta – na relação estabelecida com a escola. Em casos específicos podem ocorrem, por exemplo, a inadimplência escolar.

Segundo dados da Serasa Experian, o número de consumidores inadimplentes no Brasil chegou a 63 milhões em março de 2019 e registrou recorde desde 2016, quando teve início a série histórica. Isto significa que 40,3% da população adulta do país estava à época com dívidas atrasadas e negativadas. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (61,0 milhões), o aumento foi de 3,2%, ou seja, dois milhões a mais de pessoas. Na relação março x fevereiro 2018, a alta foi de 1,2%.

“O aumento do desemprego e o repique da inflação nos primeiros meses do ano resultaram em perdas da renda do consumidor, que impacta diretamente na inadimplência. Também a concentração de compromissos financeiros típicos de início de ano (IPTU, IPVA, material escolar etc.) pressionaram o orçamento da população. O recorde de pessoas com dívidas atrasadas em março mostra um patamar elevado e traz prejuízos ao crescimento da economia”, afirma o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

No âmbito escolar, o excesso de inadimplentes pode comprometer de maneira significativa o fluxo de caixa da instituição. Dessa forma, algumas ações e análises devem ser tomadas como medida de precaução. “O trabalho da instituição em relação à inadimplência, retenção e o trabalho de marketing está pautado na gestão e organização”, diz Lídia Tudéia, Mantenedora do Colégio Sussurana (SP).

“O Colégio é parceiro de uma consultoria educacional que desenvolve junto a instituição estratégias de gestão para o nosso crescimento sustentável. Na inadimplência o trabalho é diário na gestão financeira para que o índice fique dentro de uma margem que não afete a saúde da empresa”, complementa a mantenedora.

Estabelecer certos parâmetros e comunicação ativa entre os diversos setores que compõem a administração é uma forma de garantir métodos eficazes e com resultados aparentes. Interligando as diversas áreas e diagnosticando casos e problematizações, o plano de ação é rapidamente acionado, contribuindo fortemente com as metas e missões.

No que tange a área comunicacional que integra, através de formas diferentes, um cruzamento entre fidelização, retenção e (até mesmo) estratégias de conter a inadimplência escolar, é o marketing educacional – que pode ser interno ou externo, através de agências especializadas.

MARKETING EDUCACIONAL

“O marketing bem estruturado compreenderá todos os aspectos do relacionamento com clientes e comunidade escolar, entendendo-os no dia a dia e por meio de pesquisas, comunicando os pontos-chave em uma linguagem compreensiva e nos meios de comunicação adequados. Isso resulta em uma exposição assertiva, que garante satisfação e reconhecimento, além de fortalecer a instituição perante a opinião pública e o mercado”, ressalta Gabriel Duarte, Coordenador de Marketing do Centro Universitário Eniac (SP).

Colégio Marista Nossa Senhora da Glória

De acordo com o coordenador, as ações de marketing de uma instituição de ensino devem ser constantes durante o ano todo. “O que muda são apenas os enfoques do trabalho”. No Centro Universitário Eniac, oficinas e outras atividades de interação são realizadas gratuitamente e, a partir dessas interações, pais e responsáveis têm uma proximidade maior com a instituição, além de ter um trabalho engajado de divulgação em blogs, mídias sociais e relacionamento com a comunidade.

“Graças a esse trabalho perene, nossa atuação durante os períodos de matrícula acaba sendo facilitada, uma vez que atingiremos um público que já conheceu o colégio durante o restante do ano letivo. É interessante fortalecer constantemente o processo de fidelização”, complementa Duarte.

Na Rede Marista de Colégios, como conta Fábio Silvestrini Aparício, Coordenador Comercial e Marketing do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória (SP), a proposta da rede é manter uma campanha de marketing constante em 2019 e 2020 – e não apenas no período de setembro a novembro. “Falando em assertividade, antes de tudo é necessário conhecer profundamente o mercado e o entorno em que a escola ou colégio está inserido, realizando ações e divulgações que efetivamente atinjam o público pretendido”, afirma Aparício.

Segundo o coordenador, é importante entender que campanhas de mídia normalmente não têm retorno imediato, com exceção de algumas ações de “marketing de guerrilha”, que buscam resultados “corpo a corpo”. “Anunciar em TV, rádio, revistas e shoppings oferece uma excelente visibilidade, mas seus resultados são a médio e longo prazos, principalmente em grandes praças, em que o custo é muito elevado e o tempo de divulgação é pequeno”, conta.

Já as campanhas de performance (online), podem ser uma boa opção, pois o custo é menor e a visibilidade é altíssima, “mas por outro lado têm uma visibilidade mais superficial. Por isso, o ideal é trabalhar a partir de um mix de mídias e realizar uma campanha cross-media”, alerta o coordenador do Colégio Marista Glória.

Dessa forma, vislumbramos algumas opções e caminhos que podem ser seguidos para que cada instituição de ensino, com sua particularidade, localize uma área de investimento ideal para alavancar sua imagem, identidade, reforçar o elo com estudantes e possíveis captações de futuros alunos. Além das ações demonstradas aqui, há uma ascensão de campanhas e aspectos mobilizados pelo marketing digital para o segmento educacional.

MARKETING DIGITAL

Atravessamos, na contemporaneidade, um fluxo intenso de conexões e relações digitais. Com o aumento de acessos às ferramentas digitais e a utilização de perfis em diversas mídias sociais (como Facebook, Instagram e Twitter, por exemplo), há uma necessidade evidente em propagar, de uma maneira engajada, campanhas nas redes sociais para fortalecer a marca da escola, bem como divulgar o cotidiano da instituição, seus diferenciais, eventos, atividades especiais, depoimentos de pais e alunos, e campanhas com o intuito de atingir novos estudantes – além de fidelizar os que já fazem parte da comunidade.

“Penso que mais de 90% das escolas têm no digital seu mais importante canal de relacionamento e divulgação! E isso está certo pela questão de viabilidade financeira e também pela força que as redes têm! No atual cenário de alta competitividade que as escolas estão enfrentando, é absolutamente necessário profissionalizar a gestão do marketing”, pontua José Francisco Lopes da Silva, Diretor de uma agência especializada em soluções de marketing escolar.

E, para que as estratégias no campo digital sejam, de fato, assertivas, o diretor destaca a importância em manter o “foco no conteúdo, a escola deve mostrar que entende de educação, e se posicionar como autoridade no assunto e, então, o trabalho começa a dar resultado. Claro que ações de divulgação pontuais podem e devem ser veiculadas no digital com as técnicas corretas e acompanhamento permanente dos resultados”.

José Francisco

Assim, as redes sociais podem ser aliadas fundamentais na construção positiva de uma imagem da marca, além de investir em outras características, como produzir/postar materiais de qualidade, ter um site com design responsivo, manter as redes atualizadas e realizar impulsionamentos de postagens interessantes para um maior alcance de público. “O tema de marketing digital é muito relevante porque todo mundo está conectado o tempo todo e as páginas da escola devem ser pensadas como uma sala de informações e matrículas 24h no ar”, conclui José Francisco.

Para conhecer mais sobre marketing educacional, confira um especial exclusivo sobre o tema em nosso portal: www.direcionalescolas.com.br

 

Saiba mais:

Fábio Silvestrini Aparício – [email protected]

Gabriel Duarte – [email protected]

José Francisco Lopes da Silva – [email protected]

Lídia Tudéia – [email protected]

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