As inteligências múltiplas
Matéria publicada na edição 97 | Abril 2014 – ver na edição online
Até pouco tempo atrás, acreditava-se que as pessoas “inteligentes”, eram as que tinham mais facilidade em desenvolver o raciocínio lógico matemático e a linguística. Somente depois dos estudos do professor americano Howard Gardner as demais inteligências deixaram de ser consideradas dons particulares não encontradas na maior parte das pessoas para competências existentes em todos seres humanos. Hoje, a teoria das inteligências múltiplas considera a existência de oito inteligências, não limitada a novas descobertas:
Esta concepção nos fez perceber que a maioria das escolas privilegia apenas as duas inteligências “mais famosas” (linguística e lógico-matemática), considera outras como dons particulares (espacial, musical, corporal, naturalista e pictórica) e negligenciadas as inteligências interpessoais e intrapessoais. É muito comum escutarmos histórias de alunos brilhantes, acima da média, que quando chegam na fase adulta tornam-se infelizes e frustrados pessoal e profissionalmente. Para modelar nossas atitudes, decisões e ações com objetivo de alcançar o sucesso e a felicidade, as emoções tem o mesmo peso que o conhecimento.
Inteligência Emocional – Daniel Goleman, psicólogo e escritor do livro Inteligência Emocional considera que a inteligência emocional e a ação conjunta das inteligências interpessoais e intrapessoal. Através de inúmeros experimentos Goleman demonstrou que ninguém pode ser inteligente sob todos os ângulos, e também ninguém é incapaz em qualquer das inteligências, propondo uma nova educação através do desenvolvimento dos aspectos essenciais da inteligência emocional:
Autoconhecimento – A importância do conhecimento de sentimentos próprios e utilização dos mesmos para a resolução de problemas que resultem na satisfação pessoal.
Administração da vida emocional – Ser capaz de administrar a vida emocional, controlando impulsos, aliviando-se da ansiedade e direcionando a raiva à condição correta.
Automotivação – Capacidade de preservar o positivismo mesmo em situações adversas e desafios.
Empatia – Habilidade de se colocar no lugar do outro, entendendo-o e percebendo seus sentimentos e intenções não verbalizadas, ou seja, perceber legitimamente o que o outro sente, se colocando no lugar dele sem inferir com sentimentos próprios.
Competência pessoal – Lidar com sentimentos em relacionamentos com habilidade e harmonia, sabendo avaliar as ações das outras pessoas, coordenando estados de espírito e marcando o início da sintonia interpessoal.
“Inteligência Emocional é saber viver com as emoções e não viver em função delas” ~ Goleman
Podemos concluir que, para que um indivíduo possa se desenvolver de forma plena e equilibrada em busca de sua felicidade, terá que durante seu processo de aprendizagem ser preparado para adquirir e administrar conhecimentos e emoções.
Christian Rocha Coelho é especialista em andragogia e diretor de planejamento da maior empresa de gestão, pesquisa e comunicação pedagógica do Brasil, a Rabbit Partnership.
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