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Guia para Gestores de Escolas

Laboratórios: Aprendizado na prática

O histórico pedagógico, bem como suas linhas de pesquisas transversais, incorpora, diariamente, um conjunto heterogêneo de teorias, estudos, acompanhamentos, práticas e diversidades. No cotidiano escolar, o olhar multidisciplinar atravessa diálogos em trânsitos e destacam, de certa forma, novas/outras abordagens nos processos intrínsecos e plurais do saber.

A metodologia pedagógica começa a trabalhar mecanismos e alternativas didáticas através de um denso panorama contemporâneo que, com o advento tecnológico e a busca incessante por um conhecimento dinâmico e diferenciado, reforça gradativamente uma nova postura com relação ao aprendizado e seus devidos desdobramentos.

O ato de conhecer destaca uma importância que transcende as salas de aula e instaura-se no convívio coletivo, em aulas diferenciadas e na oportunidade de expressar o aprendizado na prática. “Aprender na prática gera aprendizado com significado!”, diz Luciana Vasques, bióloga e Doutora pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP).

“A prática é importante, pois ajuda a fixar conceitos da aula explanatória, propicia atividades em grupo e discussão dos resultados, auxilia no desenvolvimento do pensamento científico e crítico que pode ser aplicado em qualquer outra área que o estudante desejar”, explica Vasques.

A relação estabelecida entre aluno-professor no contexto da aula prática, ressalta um desenvolvimento privilegiado da formação de cada estudante. Desta forma, a matéria lecionada (como biologia e química, por exemplo) em caráter prático, geralmente conduzida em laboratórios apropriados e bem equipados, auxilia para aumentar o desempenho escolar e, no ensino médio, pode contribuir para a escolha profissional.

“Há experimentos seguros e simples da vida cotidiana, que são de muito interesse dos pequenos e podem ser aplicadas desde os primeiros anos do fundamental. Eles adoram atividade de laboratório e sentem-se os próprios cientistas! É um ótimo estímulo para o desenvolvimento do raciocínio lógico”, conta a bióloga.

Para garantir a segurança de todos e todas durante as aulas nos laboratórios, bem como a vivência de uma experiência sadia, Vasques sugere algumas dicas para gestores/as que desejam construir laboratórios em suas instituições. “Nos meus 25 anos em laboratórios de pesquisa, o que pude observar é que o recomendado em termos estruturais é ter cubas fundas para lavar as mãos, pois evita respingos no rosto e bancadas espaçosas para desenvolver os experimentos”.

Em geral, complementa a bióloga, bancadas sem rejunte são melhores, para não absorverem substâncias químicas que possam ser derramadas sobre elas. “Para alguns experimentos, pode ser necessário ter uma capela para exaustão de gases (ambiente restrito para manipulação de substâncias tóxicas) e sistema elétrico e de gás encanado, distribuído nas bancadas”. (RP)

Saiba mais:

Luciana Vasques – [email protected]

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