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Guia para Gestores de Escolas

Mesada não é só dinheiro – como família e escolas devem trabalhar

Matéria publicada na edição 110 | Agosto 2015- ver na edição online

Um assunto que muitos pais e familiares têm dúvidas é mesada. Qual a real importância dessa ferramenta, quando começar, quanto dar, dentre diversos outros questionamentos. Isso me motivou a desenvolver algo que pudesse auxiliar nesse processo, o que resultou em meu novo livro Mesada não é só dinheiro – Conheça os 8 tipos e construa um novo futuro (Editora DSOP).

 Nessa obra, trago conceitos e visões diferentes sobre o tema, mostrando que, se bem aplicada, a mesada é uma ótima maneira de ensinar as crianças e os jovens não só a ter uma relação saudável com o dinheiro, como também a formar bons hábitos e comportamentos em relação a outros assuntos importantes na vida de um ser humano. Por quê? Porque mesada não é só dinheiro, e eu explico.

É possível fazer com que a nova geração seja educada financeiramente e, ao mesmo tempo, adquira conhecimentos como sustentabilidade, consumo consciente e relação interpessoal, além de empreendedorismo social, ecológico e solidário, por exemplo. Isso porque separei mesada em oito tipos: de Terceiros, de Troca, Ecológica, Econômica, Empreendedora, Financeira, Social e Voluntária.

E uma das melhores maneiras de se tratar este assunto tão amplo é com um trabalho conjunto entre família e escola – as duas instituições mais importantes na vida de uma pessoa. Em casa, os pais/responsáveis são os maiores exemplos para as crianças e os jovens; em sala de aula, os professores ensinam educação financeira, com materiais didáticos e paradidáticos e linguagem apropriada.

Contudo, existem muitas dúvidas: Será que a mesada é um instrumento assertivo no processo de educação financeira de crianças e adolescentes? Em que idade é recomendável iniciar a mesada? Qual o valor ideal para estabelecer como mesada? Estamos falando em dar um salário para crianças? Podemos premiar por bom comportamento? É certo fazer do dinheiro uma moeda de troca para boas notas escolares? E se a família não tiver condições financeiras de destinar um valor mensal para a criança?

Então, gostaria de adiantar algumas respostas. O aprendizado sobre o tema já se deve iniciar com crianças a partir dos três anos, idade em que começam a ter vontades que precisam de dinheiro para satisfazer. Agora, a mesada propriamente dita, é interessante começar a receber por volta dos sete ou oito anos, e é exatamente por isso que é tão indispensável que a educação financeira já seja um hábito na família, para que os jovens não aprendam uma coisa na escola, e observem algo totalmente diferente em casa, prejudicando todo o processo.

Portanto, mesada não é um incentivo ao consumismo, muito pelo contrário, é o primeiro contato direto que o indivíduo tem com o dinheiro. Então, se bem aplicada, será a responsável pelo bom comportamento em relação às finanças, aprendizado que será útil para evitar que se torne um adulto endividado ou até inadimplente.

Enfim, quero aqui fazer um convite para que todos os educadores e pais mudem a forma com que olham para mesadas e percebam que o tema é muito maior que apenas oferecer dinheiro para os jovens, envolvendo conceitos que terão reflexos para toda a vida!

Reinaldo Domingos é educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.

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