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Guia para Gestores de Escolas

Metodologias Ativas: Protagonismo estudantil

A educação contemporânea, imersa cada vez mais em reflexões sobre os densos processos educacionais, tem buscado reelaborações necessárias para atender as demandas de alunos e alunas que adentram nos colégios diariamente. Nesse processo, que visa preparar estudantes para as habilidades que serão necessárias em um futuro próximo, características como participação ativa na construção do conhecimento, interações efetivas e engajamento em sala de aula, resolução de problemas e aprendizagem colaborativa, estão inseridas em um conjunto de metodologias ativas que propõe uma readaptação da dinâmica pedagógica diária.

As abordagens educacionais chamadas de “metodologias ativas” surgem como ferramentas efetivas para repensar a estrutura educacional, tendo como fio condutor a relação de autonomia de cada estudante com o conhecimento. Segundo Victor Haony, assessor pedagógico e professor de física, as metodologias ativas podem ser definidas como “práticas que visam o protagonismo do/a aluno/a dentro da sala de aula, com o objetivo de ampliar a criticidade e a reflexão de discentes a respeito dos temas abordados em sala de aula. É uma prática que efetiva o processo de formação cidadã que a escola deve desempenhar”.

Em uma aula ativa, conta o assessor, o/a professor/a deixa de ser uma pessoa detentora do conhecimento e se torna mediador/a, sendo um guia no caminho da aprendizagem resolvendo conflitos e apresentando novos caminhos para o ensino e não soluções prontas. Esse movimento de deslocamento de uma aula expositiva para uma aula ativa estimula nos alunos e nas alunas a criatividade, a empatia, a organização e a construção do conhecimento colaborativo, buscando soluções para os problemas com seus próprios recursos.

Para inserir as metodologias ativas no cotidiano pedagógico é fundamental, em um primeiro momento, conhecer a turma de estudantes e compreender os seus anseios. E então, definir qual ferramenta de metodologia ativa será melhor aplicada e utilizada por esta turma. “Práticas como ensino investigativo, em que o/a aluno/a é estimulado/a a levantar hipóteses, investigar, analisar e construir uma conclusão, associada a uma gamificação com pontos e honrarias em sala de aula”, diz Haony, são alguns exemplos de abordagens ativas.

FORMAÇÃO INTEGRAL

No Colégio Engenheiro Salvador Arena, a partir do Ensino Fundamental II, os estudantes contam com a disciplina de Aprofundamento de Estudos em sua grade curricular. Essa proposta, diz Vanessa Scalco, coordenadora do colégio, trabalhada de forma transversal e integradora, apresenta temáticas com o intuito de fortalecer o protagonismo e a formação integral dos estudantes, sempre alinhadas às Competências Gerais previstas na BNCC. “Um exemplo é o Projeto Conexão N, cujo objetivo é investigar como os elementos ar, água, fogo e terra se manifestam em nós e em nosso modo de viver”, exemplifica a coordenadora. E complementa: “para apoiar a reflexão e o debate, são utilizados textos variados, como contos, crônicas, poesias ou músicas, aprofundando a compreensão de cada elemento. Na parte prática, os alunos participam de atividades interativas, como jogos e brincadeiras, explorando as características e impactos desses elementos na natureza e no cotidiano, com a intencionalidade de estimular a expressão individual por meio de técnicas não convencionais”. (RP)

 

Saiba mais:
Vanessa Scalco – [email protected]
Victor Haony Ribeiro de Oliveira – [email protected]

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