Mobiliário Escolar: Dinamismo e Funcionalidade
A estrutura escolar é um pilar fundamental quando refletimos sobre diversos aspectos que abarcam o cotidiano social da instituição. Assim, se expandirmos nosso olhar, os espaços, as disposições e as particularidades devem coincidir e impactar (em pontos significativos) a segurança, o bem-estar e a saúde de todos e todas que frequentam a escola diariamente. Além, é claro, de propiciar ambientes sadios para a proliferação do conhecimento e aprendizado.
Com um viés pautado pela contemporaneidade, é possível localizar alterações significativas no que tange a composição de salas de aprendizado (teórica, prática ou biblioteca escolar), bem como uma reestruturação de metodologias ativas de ensino e novas aproximações (e relações) com o próprio espaço físico escolar, em especial o mobiliário – e suas disposições e funcionalidades.
A arquiteta Luciana Sobral defende que as novas metodologias de ensino pedem ambientes flexíveis, atraentes e funcionais. “O mobiliário influencia diretamente no espaço. O móvel deve permitir alterações de layout, ser diverso, possibilitar maneiras diferentes de se agrupar, posturas diferentes para trabalhar. Deste modo teremos ambientes adequados para as novas metodologias”.
De acordo com a arquiteta – que foi selecionada para participar do Milan Design Week 2019 com sua linha de mobiliário para as escolas – o ambiente escolar funciona como o “terceiro professor”. “Ele deve auxiliar professores e alunos no processo de aprendizado. Todos os ambientes da escola educam, salas, pátio, corredores. O mobiliário deve ser escolhido com cuidado para criar o ambiente adequado”.
O processo de planejamento do mobiliário escolar exige, então, um traçado que envolve cotações financeiras, assessoria pedagógica, auxílio arquitetônico e apoio técnico no que tange às normas específicas. “É importante a escolha de um móvel que seja resistente, ergonômico e funcional. Se o móvel atende esses três princípios ele é adequado para a escola”, complementa Luciana.
A diretora administrativa do Colégio SEFA (RJ), Fernanda Alves, ressalta algumas dicas para os gestores que pretendem alterar ou incluir mobiliário nas instituições: Fernanda atenta à faixa etária que utilizará os móveis, “ou seja, para cada faixa de idade existe uma demanda necessária, afinal crescemos da extremidade para o centro, eixo ou tronco”. Além da atenção com a faixa etária, é interessante adquirir móveis retilíneos, já que em casos de quedas ou abaixamentos sem atenção, as bordas pontiagudas são mais perigosas do que as arredondadas. E, com relação as cores, a diretora afirma: “mobiliários muito coloridos cansam as vistas e pesam o ambiente escolar”.
O planejamento mobiliário deve concentrar, em suas características, o bem-estar e o cuidado de toda a comunidade escolar – alunos, professores e funcionários da instituição. (RP)
Saiba mais:
Colégio SEFA – [email protected]
Luciana Sobral – [email protected]