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Nem jogadores de futebol, nem bombeiros: eles querem ser cientistas!

Alunos do Ensino Fundamental participam de projetos inovadores em Clube de Ciências

Durante um fim de tarde por semana, os alunos de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental se reúnem para pesquisar, fazer perguntas e procurar respostas para questões que afetam o dia a dia de todos nós. Desde a seca que afetou a região Sudeste no início do ano, até a presença de animais transmissores de doenças são assuntos investigados pelos alunos do Colégio Positivo que fazem parte do Clube da Ciência, em Curitiba (PR). A atividade extracurricular começou em 2015 e já mostra resultados no desempenho dos alunos.

Estudos realizados em universidades de diversos países apontam que atividades científicas e pesquisas devem ser incentivadas desde cedo. Pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Austrália, afirmam que a participação de crianças em atividades extras possui associação direta com um maior desempenho acadêmico e redução nas faltas. Já na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, os resultados das pesquisas mostraram que os relacionamentos entre os alunos e sua autoestima também são beneficiados, além de todo conhecimento que é adquirido.

Para Alexandre Ferreira, professor de Ciências e um dos orientadores do Clube de Ciências do Colégio Positivo, o principal objetivo do projeto é instigar o pensamento científico nos alunos. “O Clube é o lugar para que os estudantes aprendam a, principalmente, questionar – e, a partir disso, tenham a vontade de coletar os próprios dados, tirar as próprias conclusões. Esse é o lema de qualquer cientista”, disse o professor.

Além das questões práticas, como o desenvolvimento de projetos e experimentos, assuntos mais teóricos também são abordados no Clube. Segundo Ferreira, “a elaboração de artigos científicos, por exemplo, é algo que acompanha de perto a vida de qualquer acadêmico. Ter o contato mais cedo com a metodologia é tão importante para o futuro dos alunos como realizar experiências”.

Muito se engana quem acha que tudo isso pode ser chato e até sem graça. Os encontros do Clube de Ciências são regados a risadas, discussões acaloradas sobre os temas e os mais variados e inusitados materiais de apoio. Os experimentos são casos à parte na rotina das crianças que, para encarar os desafios propostos pelo professor, têm que vestir jalecos, máscaras e entrar no personagem. “Eles já tiveram que descobrir o que aconteceu com uma vítima de uma doença misteriosa e reconhecer substâncias não identificadas, com base em testes e experimentos”, conta Alexandre.

A opinião dos alunos é categórica: eles estão no Clube por que gostam do assunto. “Sempre gostei de Ciências. Por isso, quando vi que ia começar o Clube, já me inscrevi”, comenta Fabrício Bertoncelo Filho, aluno do 6º ano. Para Cecília Rossi, do 7º ano, a pesquisa científica ajuda nas outras aulas também. “Eu consigo me concentrar mais nas coisas e sei que estou aprendendo mais também”, analisa ela.

Uma das premissas do projeto é atrelar o cotidiano dos alunos com experimentos científicos, principalmente aquilo que está em voga nas mais amplas discussões – fazendo com que o engajamento e relacionamento dos participantes sejam maiores. No primeiro semestre deste ano, o Clube de Ciências trabalhou o tema água e suas diversas aplicações: energia com água da chuva que cai nas calhas, tratamento do lago do colégio com plantas aquáticas e recriação de uma estação de tratamento de água, por exemplo. Cada uma dessas propostas virou um artigo científico, com direito à questão problema, justificativa, objetivos e apresentação dos resultados.

Os trabalhos desenvolvidos pelos pequenos cientistas durante o ano serão expostos, em formato de banner, durante a Mostra de Soluções do Colégio Positivo, a feira científica da instituição que acontece sempre em outubro. O evento reúne os projetos, orientados e orientadores, a fim de valorizar o trabalho científico de cada aluno do colégio.

Sobre o Colégio Positivo
O Colégio Positivo compreende quatro unidades na cidade de Curitiba, nas quais nasceu e se desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental e o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Os alunos têm à sua disposição atividades complementares esportivas e culturais, assim como aulas de Língua Inglesa diferenciadas. Em 2013, foi lançado o Colégio Positivo Internacional, que atende alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, com uma proposta de aprendizado internacional.

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