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Guia para Gestores de Escolas

O Futuro é logo ali…

Me sinto privilegiada por meu trabalho. Ao longo desses 20 anos, me permiti fazer parte da educação de milhares de crianças e jovens. É por eles que busco meu aprimoramento diário e é por eles, também, que busco estratégias e recursos para transformar o aprendizado em uma verdadeira aventura recheada de experimentações.

Quando transformo um roteiro pedagógico ou uma mostra cultural em uma experiência enriquecedora, a pergunta que me faço é sempre a mesma: Para quê? O que desejo que eles realmente aprendam? O que, de fato, espero que eles sintam com aquele momento? Que mensagem levarão para o resto de suas vidas em apenas um dia?

A proximidade diária com eles me enriquece, me preenche de novas e novas ideias, me inquieta e, principalmente, me faz querer ser um ser humano melhor, porque enxergo suas inquietações e dúvidas sobre o que nos reserva este tão esperado futuro.

Mas, de repente, tudo mudou.

Os pequenos, mesmo em meio a tantas mudanças, em sua maioria, estão amparados pela família, por sites e blogs recheados de “receitas” de atividades para enriquecer seu universo e estimular sua criatividade, dispondo de contações de histórias, de box criativo, kits literários, lives e de recursos e mais recursos para que possam passar por este momento de maneira menos dolorosa.

Os adultos, por sua vez, compreendem a necessidade de estarem em equilíbrio, buscam apoio psicológico, terapias alternativas, novos cursos, novas estratégias e outras formas de se manterem em condições favoráveis de continuar suas vidas, mantendo seus empregos ou negócios a salvo.

Dividem tarefas, reestruturam seus horários e agendas, refazem seus planos anuais e seguem esperançosos acreditando que sua maturidade auxiliará neste processo de passagem para esse “novo normal”.

Mas enxergo aí um gap que precisa de nossa total atenção – nossos jovens adolescentes.

Conseguimos ouvir suas angústias? Seus medos? Suas incertezas?

Como estão lidando com todas as frustrações? Oferecemos a eles alternativas literárias, abrimos espaços para o diálogo ou continuamos seguindo nossos planos de aula para completarmos a “apostila” dentro do prazo estipulado?

Eu poderia ficar aqui acrescentando inúmeras e inúmeras questões que estão pairando nas cabeças dos nossos jovens, e posso garantir que dezenas de artigos seriam impossíveis de preencher o vazio que neste momento estão sentindo.

Uma coisa é fato: o ano de 2020 será marcado por diferentes aprendizados.

Falharemos na matemática? Talvez, mas com certeza aprenderemos a multiplicar nossa resiliência, a enxergar a economia e sua influência na vida de todos – ricos e pobres.

Não atingiremos os conteúdos de língua portuguesa? Talvez, mas treinaremos nossa leitura do outro, as entrelinhas entre um post pedindo socorro e um desabafo do amigo no WhatsApp. Aprenderemos a verdadeira linguagem que mostra a nudez do indivíduo, frágil e sem maquiagens, solitário e ao mesmo tempo cercado por seguidores. Nossa geografia ficará pequena, porque entenderemos que fazemos parte de um mundo global, humano, que precisa de cidadãos conscientes e com visão amplificada, que enxergue que não importa nossa raça ou localização no mapa, porque, definitivamente, fazemos parte de uma única engrenagem.

Perderemos a aula de história, mas entraremos para a história alheia, por termos resistido, superado, e aprendido tantas e tantas coisas que ainda não estavam escritas e nem possuíam manuais.

Então, se o futuro é realmente algo totalmente incerto, como nos preparamos para ele?

Estimulando nossas potencialidades e mostrando que podemos fazer a diferença no mundo. Somos capazes de grandes realizações e nossas escolhas podem – e devem – seguir nossos sonhos.

Se as mudanças estão cada vez mais velozes, como podemos acompanhá-las?

Estejam antenados, busquem conhecimento enriquecedor, mas não esqueçam de se divertir, afinal, ainda se faz necessário pessoas felizes para trazerem luz e esperança.

Se temos a necessidade de ver as coisas por outros ângulos, como redirecionar o nosso olhar?

Exercite, não hesite e multiplique. Descubra o que te realiza, o que te faz feliz. Experimente novas experiências e saiba que você realmente pode ser muitas coisas ao mesmo tempo. Seja destemido, ouse e siga suas habilidades sem esquecer sua intuição.

Se todas estas transformações que estão ocorrendo no mundo nos fará mudar de rumo, como encontro este novo caminho?

Viva o presente, o hoje! Seja o melhor naquilo que faz, ouça sua voz interior e se mantenha firme em seu propósito.

É… realmente a adolescência não é fácil, né? Vem aí um novo vestibular, a escolha profissional, o término de um ciclo e a abertura de um novo, que ainda nem sabemos como será.

Proponho trazer aos seus alunos uma pitada de humor, estratégias lúdicas que possam abordar estas questões de maneira leve, sem perder a seriedade do assunto. Algo inusitado, dinâmico, que acompanhe sua linguagem e que os oriente nesta trajetória, que os auxilie a encontrar o equilíbrio.

Seja você este instrumento de transformação, segure em suas mãos e levem a estes jovens a esperança de que tempos melhores virão.

Afinal, o futuro é logo ali…

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