Por que a lousa digital é uma tendência nas salas de aula?
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Você já deve ter ouvido que a lousa digital é a ferramenta do momento quando o assunto é espalhar conhecimento, não é verdade? Mas, será que isso é fato mesmo ou tudo não passa de uma estratégia para vender tecnologia? É possível que o uso dessa ferramenta digital tenha um impacto tão grande assim na sala de aula?
Nada melhor que dados e estatísticas para comprovar se realmente o uso deste tipo de tecnologia é ou não uma tendência mundial.
Que tal cruzar o RANKING DA EDUCAÇÃO com o NÚMERO DE SALAS DE AULA com LOUSA DIGITAL por país para descobrirmos? Vamos ver!
Brasil vai mal no ranking da Educação
Primeiro vamos falar de um dado que não é nada favorável ao Brasil. No ranking da QUALIDADE DA EDUCAÇÃO do Fórum Econômico Mundial de 2018, nosso País ocupa a posição de 119. Isso mesmo, ficamos à frente apenas de países como a Nigéria e a Libéria e atrás, por incrível que pareça, da Etiópia e da Namíbia.
Na liderança desse ranking, é claro, estão países desenvolvidos e com índice de desenvolvimento humano muito grande, como a Suíça, Cingapura, Finlândia, Holanda e Estados Unidos, países que, nesta ordem, ocupam as cinco primeiras colocações.
Em outro ranking, o PISA – Programa Internacional de Avaliação de Alunos – o Brasil é apenas o 59º colocado, em leitura, o 63º em Ciências e 65º em Matemática. Detalhe que apenas 70 países são avaliados.
E você sabe quem lidera o ranking em todas as categorias: Cingapura. Como será que o país do Leste Asiático consegue tanto sucesso assim?
A tecnologia tem relação com estar bem nestes rankings?
Agora, vamos cruzar dados importantes para mostrar como a adoção da tecnologia é importante para melhorar a experiência do conhecimento. Cingapura, por exemplo, que lidera um ranking e está na segunda colocação em outro, tem 27% das salas de aula com lousa digital. Na Finlândia, que está em terceiro em um ranking e ainda entre os cinco melhores em duas disciplinas em outro, o índice chega a 22% das salas com lousa digital.
E depois de todos esses dados, você já parou para se perguntar quantas salas de aula no Brasil tem lousa digital?
Apenas 1,2%. É isso mesmo, de cada 100 salas de aula no Brasil, apenas uma tem lousa digital. Ou seja, o País que é destaque mundial em Educação tem 27 vezes mais salas equipadas com lousa digital que o Brasil.
Estudos reforçam benefícios da lousa digital
Mas, será que existem outros estudos que apontam que a lousa digital pode ser uma excelente ferramenta para o conhecimento?
Um dos estudos que vão encontro da importância de garantir experiências novas na sala de aula é a Pirâmide do Aprendizado, de Willian Glasser. Nela, podemos ver como o nosso cérebro consegue reter o conhecimento.
De acordo com a pesquisa, quando a pessoa apenas faz a leitura, o nível de retenção é de 10% do conteúdo. Ouvindo, esse índice sobe para 20%. Observando, a capacidade de aprendizado sobe ainda mais, para 30%.
Agora, vamos falar do grande salto neste índice: quando Vê e Ouve, a capacidade de retenção do conhecimento sobe para 50%. É por isso que a implantação de uma lousa digital é tendência.
De acordo com o estudo, a capacidade de aprendizado sobe para 70% quando o tema é discutido com outras pessoas e para 80% quando se vive experiências práticas – tudo isso também pode ser feito com uma lousa digital, que permite integrações e softwares com acesso a internet que, literalmente, revolucionam a interatividade dentro da sala de aula.
Em um exemplo prático: o que você prefere para anotar alguma coisa? Um pedaço de papel e uma caneta ou um computador? O que você prefere para pesquisar algo: vários livros ou vários livros + acesso ao Google, por exemplo?
Por que será que em tantos contextos das nossas vidas a tecnologia já é hábito, mas neste, que talvez seja o mais importante, isto é, a sala de aula, o professor continua com uma lousa e um giz na mão para ensinar as crianças?
Educando os nativos digitais
A tendência da lousa digital também é embasada pelos estudos do escritor americano Marc Prensky, que popularizou os termos NATIVO DIGITAL E MIGRANTE DIGITAL.
De acordo com ele, a forma de educar precisa de alteração. Trabalhar apenas da forma convencional não é apropriada diante de uma geração que já nasce ambientada com a tecnologia. Diferente das pessoas com mais idade, que precisam se adaptar com as tecnologias que aparecem a cada dia, os jovens de hoje já têm acesso a esse tipo de ferramenta em qualquer ambiente. Se a escola for diferente, o interesse diminuiu bastante e a capacidade de aprendizado fica comprometida.
Aulas colaborativas: um dos segredos
Precisamos de uma mudança radical no processo de ensino e aprendizagem, para que a escola volte a ser um local prazeroso para nossos jovens alunos. Uma solução para isso são as salas de aulas colaborativas.
Neste modelo o professor é um mediador entre o aluno e o conhecimento, e na maioria das vezes a construção do conhecimento é feita de maneira coletiva, com os alunos distribuídos em grupos, que podem ser flexíveis, variando de tamanho, e de funções. Um grupo pode ter três alunos pesquisando um assunto, o outro pode ter cinco criando um material, e assim sucessivamente.
Só conseguiremos transformar o ambiente escolar em um local de satisfação quando os alunos perceberem que o modelo pedagógico vivenciado por eles faz sentido, traz novos conhecimentos e se vincula ao mercado de trabalho do futuro (Sim! O mercado de trabalho futuro está cada vez mais colaborativo… pense nos ambientes de start ups ou de empresas como Apple e Google, por exemplo).
A lousa digital é uma ótima ferramenta para garantir essa sala colaborativa, já que garante grande interação em sala de aula, pilar para o sucesso deste modelo de aprendizado.
Por incrível que pareça, o Brasil tem tecnologia de ponta para lousa digital
Ainda longe dos países desenvolvidos quando o assunto é a adoção da lousa digital, o Brasil desenvolve tecnologia de lousas digitais e neste ano até começou a exportar solução para países da América Latina.
Uma das marcas que se destaca neste mercado é a Ribeirão Pretana MOVPLAN, com clientes como Google, Pearson e diversas outras gigantes da educação mundial. Com sede em Ribeirão Preto, as soluções tecnológicas da empresa já atendem a mais de 18 mil salas de aula pelo Brasil, sendo a pioneira no setor no País. Neste ano, após mais de duas décadas no mercado nacional, a lousa digital começa a ganhar os vizinhos da América, em mais um desafio que a empresa tem pela frente.
Segundo o fundador da marca, Esdras Santana, a sua experiência e contato com centenas de educadores e gestores indica que o mercado está em uma curva de amadurecimento. Começando a entender que vale muito mais a pena investir em estrutura para a sala de aula, do que embelezando o prédio da escola. A sala de aula ainda é um tabu, afirma Esdras. Segundo ele:
“Transformar a Educação é o nosso grande objetivo. Temos que valorizar o professor com as ferramentas que garantem que ele consiga passar todo o conhecimento para os alunos, totalmente inseridos neste mundo digital. Precisamos de uma escola que fale a linguagem dos nativos digitais”, afirmou Esdras Santana, diretor Executivo da Movplan.
Esta realidade faz sentido diante dos dados que vimos neste artigo. E aí fica a pergunta para você: sua escola se preocupa com estas questões? Como vocês estão trabalhando em prol desta necessária mudança no pensamento do ensino brasileiro?
Deixe suas experiências para gente e vamos debater!