Dica — Primeiros socorros: Treinamento e estrutura – bases para um atendimento eficaz
Matéria publicada na edição 72 | Outubro 2011
Uma boa estrutura para primeiros socorros é fundamental em uma escola. Desde casos mais simples, como pequenos ferimentos, até em situações mais graves, como crises de doenças crônicas, é necessário que o gestor esteja atento aos procedimentos e aos recursos disponíveis a fim de garantir um primeiro atendimento adequado.
A Escola Pueri Domus, em São Paulo, implantou serviços de Enfermagem em 2000. Das quatro unidades presentes no Estado, duas delas foram pioneiras – a sede da Rua Verbo Divino, na zona Sul de São Paulo, e Aldeia da Serra (região metropolitana). Hoje, todas possuem procedimentos esquematizados na área de saúde, que são periodicamente revisados e atualizados, conforme destaca a enfermeira Mônica Ramos, responsável pela implantação do serviço.
“Os procedimentos padronizados para atendimento dos alunos e encaminhamento de urgências estão definidos visando à organização e segurança diante das ocorrências. Além das profissionais de Enfermagem (técnicas) que atuam nos ambulatórios, os demais colaboradores também recebem treinamento em primeiros socorros. As unidades dispõem de equipamentos básicos para o primeiro atendimento”, descreve Mônica.
Segundo Mônica, os casos mais comuns entre os alunos são pancadas, contusões, pequenos ferimentos e dor de cabeça. De maior gravidade são as fraturas e cortes que necessitam de sutura. No entanto, problemas relacionados à obesidade – distúrbio que tem se tornado muito comum entre crianças – também são fatores que podem gerar graves ocorrências, como a hipertensão. “Estudos têm mostrado um aumento da prevalência de hipertensão na idade escolar. O que pode levar a alterações cardiovasculares a partir da segunda década da vida”, alerta.
Mônica defende a alimentação saudável e prática de atividades físicas como forma de prevenir o distúrbio. A enfermeira afirma que, apesar de não ser comum crises deste tipo no ambiente escolar, o procedimento utilizado na Pueri Domus é o de sempre verificar sinais vitais, e entre eles está a pressão arterial. “Diante de qualquer alteração, os pais são imediatamente comunicados e a indicação é que o aluno seja encaminhado ao serviço da saúde”, diz.
Na Escola Castanheiras, em São Paulo, sua estrutura de atendimento conta com sala de enfermaria com maca, cadeira de rodas, armário, pia, aparelho de pressão, termômetro, além de kits completos de primeiros socorros. “Desde o início da escola destinamos uma sala aos primeiros socorros, com o acompanhamento de uma enfermeira de nível técnico”, conta Sandra Regina de Oliveira, diretora administrativa da instituição. “As ocorrências são registradas e avaliadas pela técnica de Enfermagem, e havendo necessidade de avaliação médica, entramos em contato com os pais.”
No caso de acompanhamento de alunos doentes, a Castanheiras recomenda que o medicamento não seja deixado na mochila, mas entregue diretamente na enfermaria, juntamente com a receita médica. “Nossa enfermeira está empenhada em exigir a prescrição do médico para administrar qualquer medicamento. Esta medida tem a intenção de garantir a segurança do aluno”, conclui a administradora.
Saiba mais
MÔNICA RAMOS
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SANDRA REGINA DE OLIVEIRA
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