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Guia para Gestores de Escolas

Qual o motivo de termos tanta dificuldade em implantar algumas práticas mesmo sabendo que são imprescindíveis para o sucesso da nossa empresa?

(Segunda parte do artigo)


Para que a coordenadora mude um hábito tão enraizado em seus gânglios basais é necessário atuar da seguinte forma:

 

Gatilhos – Utilizar um calendário de horários fixos no qual todo o staff tem acesso a sua rotina para marcar as reuniões. Saber que está sendo monitorado é um ótimo motivo para não procrastinar.

Começar de forma gradativa com as pessoas mais afáveis e que possua mais afinidade.

Iniciar às sextas-feiras, no primeiro horário, sem passar pela sua sala e tomar um belo café na padaria.

Após assistir a uma aula, sempre programar uma atividade de fácil execução e que lhe cause prazer como, por exemplo, montar o planejamento pedagógico para o próximo ano. Pedir para a equipe e recepção evitar de interrompê-la nestes horários.

Rotina – Empenhar-se nessa tarefa por um tempo, pois em breve os gânglios basais jogarão em seu favor.

Porta de saída – Logo perceberá que as sensações negativas eram supervalorizadas, que o ato de assistir às aulas proporciona mais segurança para suas tomadas de decisão, que o corpo docente também cria o hábito e aceita este tipo de gestão e que o principal objetivo, que é a busca do aprimoramento pedagógico, torna-se uma prática cotidiana.

Após conhecer o funcionamento da construção dos hábitos, é possível criar estratégias para mudá-los. São necessárias quatro etapas para uma mudança de hábito:

1- Autoconhecimento – Todos nós temos qualidades, características que precisamos melhorar e pontos cegos, isto é, virtudes e defeitos que não conseguimos enxergar, mas que são claros aos olhos dos outros.

Quanto maior o autoconhecimento menor é a quantidade de pontos cegos e, consequentemente, a chance de possuirmos hábitos negativos que comprometam nossas relações interpessoais.

 

Exercício: Mudança de hábito no trabalho – Escreva a seguir uma qualidade que você considera um grande ponto forte e que faça a diferença na empresa, uma característica que precisa melhorar no dia a dia do trabalho e pergunte para o colega ao lado, sem mostrar suas considerações, que especifique seu ponto forte e seu ponto fraco. Deixe-o à vontade para falar, anote, dê continuidade ao exercício com mais três pessoas do seu convívio na empresa e verifique se a sua autoimagem condiz com a versão que você passa para as outras pessoas.

 

                                Minha opinião Opinião do colega ao lado Opinião 2 Opinião 3 Opinião 4
Ponto forte          
Ponto fraco          

 

2 – Processo gradativo – Inicie com propositivos (metas) de curto prazo, que não sejam de grande complexidade e, preferencialmente, que não dependam de terceiros.

 

3 – Propósito – Senso comum. As pessoas que conseguiram mudar hábitos sempre tinham um propósito claro, sabiam por que estavam se esforçando e qual a importância que a mudança teria na sua vida.

Algumas pessoas precisam passar por grandes traumas, como correr risco de vida, para mudar seus hábitos. Esperam um problema no coração para começar a se tratar, perder a admiração da pessoa que ama ou falir uma empresa para mudar um hábito nocivo.

 

Hábito que eu quero mudar no trabalho Motivo da mudança
   

 

4 – Estratégia – imagem mental – Preencha a imagem mental a seguir, recorte e fixe em um local visível (na primeira folha da agenda, na sua mesa, no quarto…) e utilize como guia.

 

 

As crenças nascem da mesma forma que os hábitos. Crença é quando acreditamos em uma verdade de forma convicta, temos uma opinião formada, enraizada, difícil de ser mudada. O cérebro, através dos gânglios basais, cria um atalho quando recebe um estímulo comum (gatilho) que automatiza uma rotina habitual (atitude) ou uma crença, algo que acreditamos como, por exemplo, uma pessoa que tem medo de falar em público, pois ao longo da sua vida escolar foi considerada tímida pelos professores.

As crenças e os hábitos são formados ao longo da vida, principalmente na infância, pelo ambiente (liberais, autoritários, ricos, pobres, violentos), pelas experiências (acontecimentos traumáticos, de forte apelo emocional, emblemáticos), pelo conhecimento (segurança, estímulo, aumento do poder de escolha) e pelos relacionamentos (aprendemos pelo exemplo, os gânglios basais também).

 

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