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Guia para Gestores de Escolas

Relatório mostra tecnologias que serão integradas à educação nos próximos cinco anos

Os professores são ocupados, encontram-se sob pressão, e não são geeks. Oferecer a eles uma razão para que façam algo diferente é o desafio que os líderes enfrentam nesse momento em que as escolas precisam encontrar métodos para ensiná-los sobre como usar a tecnologia em sala de aula.

Muitas instituições incorrem no erro de focar em primeira instância quais tecnologias implementar, sem considerar uma imprescindível reformulação na formação dos professores e nas metodologias usadas em sala de aula.

Um dos principais relatórios mundiais sobre o uso da tecnologia na educação, o Horizon Report, em sua versão 2013 (http://migre.me/dl40j), identificou que poucos professores fazem uso pessoal das tecnologias. Ora, como um professor pode ensinar usando métodos digitais, e esperar que os estudantes os usem, se ele próprio não se dá ao trabalho de fazê-lo?

Uma excelente notícia a todos que se encontram envolvidos em processos de integração da tecnologia na educação é que agora o relatório conta com uma versão brasileira, o Horizon.br (http://migre.me/dlqcx). Em sua primeira edição, o relatório traz um panorama tecnológico para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro, apresentando as perspectivas de integração de tecnologias na educação para um prazo de um a cinco anos, e os desafios a elas correspondentes.

Em correspondência com o relatório mundial, o brasileiro reiterou a necessidade de formar os professores e criar novas metodologias.

Quanto às tecnologias, foi consenso entre os especialistas do Horizon.br que as abordagens baseadas em “Ambientes Colaborativos” e “Dispositivos Móveis” são as tendências que mais vão afetar a educação no próximo ano. A pesquisa constatou que “a colaboração é cada vez mais percebida como uma habilidade primária no mundo todo, e desenvadeou uma demanda crescente para que alunos, professores e escolas encontrem formas criativas de desenvolver essas habilidades dentro das atividades de aprendizado.” (NMC, p. 3). Para dispositivos móveis, o prazo previsto de integração foi de um ano ou menos!

Diante desse quadro, parece urgente encontrar bem depressa uma razão para implicar os professores nesse processo de mudanças. Encontrei algo interessante em Drive, de Daniel Pink (2011). Ele afirma que elevados níveis de cognição não são motivados por recompensas externas, como dinheiro, mas sim por meio da liberdade de escolha, da solução de problemas, e da autonomia para buscar melhores resultados. Bom, não posso deixar de notar que durante os professores que entraram em contato comigo desde que comecei a escrever sobre tecnologia e educação tinham em comum a curiosidade pela descoberta de novas abordagens para usar em sala de aula, o entusiasmo para compartilhar conhecimento com os alunos, e liberdade de ação para romper barreiras burocráticas e realizar seus projetos.

Algumas obras de Daniel Pink estão traduzidas para o português, dentre elas, Motivação 3.0, sobre a qual a revista Época Negócios publicou a seguinte entrevista com o autor: http://migre.me/dlq8f.

Por Rodrigo Abrantes da Silva*

rodrigo-abrantes*Rodrigo Abrantes da Silva é historiador e professor. Especializou-se em História Contemporânea pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), e atuou como pesquisador do Projeto Análise e do Núcleo de Pesquisas de Psicanálise e Educação (NUPPE) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP). Edita ainda o blog www.aulaplugada.com.

Mais informações:  [email protected]

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