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Guia para Gestores de Escolas

Robótica: Ferramenta pedagógica

O processo educacional destaca, na contemporaneidade, a emergência de metodologias e ferramentas multidisciplinares que englobam novas/outras relações com o aprendizado em sala de aula. Seguindo uma tendência mundial – principalmente por conta do advento tecnológico – a robótica educacional adentra cada vez mais nas salas de aula propondo interessantes entrosamentos com o conhecimento, bem como o desenvolvimento do raciocínio lógico, resolução de problemas, trabalho em equipe e incentivo de criatividade.

Para Arthur Igreja, TEDx speaker e especialista em Tecnologia e Inovação, o principal ganho da robótica para o aprendizado é o contato e a ambientação com a temática. “Vai muito além de criar uma base para desenvolvimento nesse campo. É fundamental ter contato com tecnologias que têm muita chance de fazer parte da vida no futuro, além da possibilidade de gerar um interesse maior sobre o tema, se aprofundar e desenvolver uma carreira na área”, diz.

“A robótica passou por um amadurecimento e com a curva de ganhos de possibilidades com a inteligência artificial se tornou mais acessível. Então, esse avanço tecnológico viabiliza um campo cada vez maior para a robótica. A expectativa é de que vamos conviver com robôs de forma oblíqua”, explica Arthur Igreja.

Tendo como ponto de partida a expansão de múltiplas experiências, a inclusão da robótica no cotidiano escolar deve seguir um caminho didático. “Temos, hoje, kits para fazer desenvolvimento, conseguimos construir robôs com muita facilidade, simulando comportamentos em ambientes 3D, além de discutir a interação entre homem-máquina. Existe um ponto de partida para depois criar um ambiente educacional para gerar ainda mais interesse no ambiente escolar”, destaca o especialista.

INTERAÇÃO NA PRÁTICA

No Colégio Marista Londrina, no Paraná, estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental, que têm em média 11 anos, utilizam a robótica para apreensão de conceitos matemáticos. A atividade ocorre em dois momentos: no primeiro, as crianças recebem um kit para montar um robô e fazê-lo funcionar; na segunda aula, colocam o conhecimento na pista, fazendo o robô percorrer o perímetro programado, calculando a área, a velocidade e a distância alcançada.

Segundo Alessandra Garcia, analista de Tecnologia Educacional do Colégio Marista Londrina, a união da robótica com a Matemática deixa a aprendizagem mais fluida e instigante. “Aprender e entender os conceitos matemáticos com a ajuda do robô, faz com que o aprendizado seja realmente efetivo. Os alunos não precisam decorar, eles entendem na prática e também percebem a utilidade disso”, explica. 

Além disso, a atividade também exercita algumas habilidades, como colaboração, partilha, pensamento crítico, inovação, formulação de estratégias, teste e erro e pensamento computacional. “As aulas não precisam ser restritas ao quadro negro. Colocar a informação em prática é o que a torna conhecimento e estamos mostrando isso para as crianças desde cedo”, conclui. (RP)

Saiba mais:
Alessandra Garcia – [email protected]
Arthur Igreja – [email protected]

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