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Guia para Gestores de Escolas

Sair da sala de aula é segredo para aprender inglês em poucos meses

Professores irlandeses e intercambistas experimentam técnicas diferentes para acelerar o aprendizado de um novo idioma

 O sistema de ensino no Brasil e no mundo está em processo de transformação desde que a tecnologia revolucionou a forma de apresentar o novo. Os métodos tradicionais de aprendizado parecem perder efeito sobre os estudantes. Para aprender um novo idioma, por exemplo, muitas pessoas investem no intercâmbio e chegam a deixar de lado as possibilidades do Brasil porque não percebem evolução enquanto estudam.

 Mas o simples fato de estar no país em meio a falantes nativos do idioma almejado é suficiente? Certamente, não. Aprender exige esforço, dedicação e, tratando-se de intercâmbio, é preciso ter objetivos bem definidos. Considerando esses pontos, a Seda College, escola de idioma em Dublin, está investindo em atividades diferenciadas para ajudar os mais de dois mil alunos internacionais que recebe por ano. O resultado é um total de quase 80% dos intercambistas satisfeito com a evolução do aprendizado.

 Uiliam Bittencourt Bomfim, de 26 anos, chegou ao país há três meses precisando melhorar o inglês. Em pouco tempo ele ampliou suas habilidades com o idioma passando do nível intermediário para o chamado “upper-intermidiate”. Mas, para isso, ele fez da escola sua casa. “Estou fazendo diversos cursos que, aparentemente, não são voltados para o aprendizado do inglês, como curso de culinária. Para mim, o que menos importa nesse momento é aprender a cozinhar, e, sim, aprender o vocabulário dos produtos e objetos utilizado na cozinha. Claro que sempre saio feliz por comer várias guloseimas também”, conta o brasileiro que está engajado nas aulas de exercícios físicos, conversação, leitura.

 Fora da sala de aula

 O ensino não precisa ser completamente diferente do modelo tradicional para trazer bons resultados. O importante é intercalar diferentes atividades para envolver os alunos. Durante o período de aula, acontecem visitas a museus, parques e pontos turísticos com contexto histórico importante para o país. A direção de ensino da escola tem estudado métodos para envolver os intercambistas com a cultura e com o idioma em diferentes situações. “É importante sair dos livros às vezes. Em uma aula fizemos passeios, como o Vikings walking tour, já visitamos o pub mais antigo da cidade e os alunos tiveram a oportunidade de interagir com diferentes pessoas em um ambiente social muito típico”, conta a assistente de ensino Sibéal Turraoin.

 A sala de aula representa menos de 20% do processo de aprendizado. Por isso, atividades no contraturno permitem que os estudantes estejam mais tempo envolvidos com a escola, com a cultura do país e com o idioma. “Eu gosto especialmente de atividades que me façam aprender algo além do idioma. As atividades culturais transformam o ambiente escolar em um local amigável e não apenas em um local de aulas. Gosto bastante dos encontros para conversação, pois posso conhecer pessoas de diferentes países e trocar experiências”, diz Uilliam.

 As atividades extras da escola são gratuitas e, algumas delas, estão abertas à comunidade para que o maior número de pessoas possa aproveitar a experiência no exterior.  “Quando os estudantes se envolvem com a cultura do país, o interesse em participar da comunidade é despertado e, a partir disso, eles querem aprender a ler, ouvir e interagir com as pessoas naquele idioma. Isso acelera o aprendizado. A cultura irlandesa é muito alegre, interessante e diversificada. Se você escolheu um país para aprender inglês, é importante estar aberto para as oportunidades culturais”, conclui Sibeal. 

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