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Guia para Gestores de Escolas

Saúde: Combatendo a obesidade

Diariamente, cada instituição de ensino insere práticas e atributos que compõem uma base privilegiada para o desenvolvimento do aluno. Assim, questões que envolvem a saúde e o bem-estar físico dos alunos devem ser abordados de forma sadia e criteriosa. Proporcionar, então, uma alimentação saudável na escola é uma contribuição para o crescimento pleno do aluno, bem como uma maneira de erradicar a obesidade.

De acordo com um interessante estudo publicado em 2017, realizado pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de crianças e adolescentes (de 5 a 19 anos) obesos em todo o mundo aumentou dez vezes nas últimas quatro décadas. Através do estudo, há uma ideia de que, se essa tendência continuar a crescer, haverá mais crianças e adolescentes com obesidade do que com desnutrição moderada e grave até 2022.

No Brasil, em uma pesquisa divulgada no início do segundo semestre deste ano, revelou que mais da metade da população brasileira (55,7%) está acima do peso. Esse mesmo estudo, realizado pelo Ministério da Saúde, apontou que uma a cada cinco pessoas sofre com obesidade no país, problema que atinge principalmente adultos nas faixas de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos. E cerca de 13% dos meninos e 10% das meninas – entre 5 e 19 anos – sofrem com obesidade ou sobrepeso.

“A obesidade infantil é muito preocupante, pois crianças obesas têm maiores chances de se tornar adultos obesos, o que aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares”, afirma Marina Figueiredo Ferreira, nutricionista da Escola Pecompê Educação Infantil. “Além disso, tem o estigma da criança com obesidade, podendo levar ao desenvolvimento de transtornos alimentares, devido às tentativas de adequar o peso da criança por parte de profissionais e pais”, complementa.

Segundo a nutricionista, é importante que a escola se preocupe com a alimentação saudável de todos os estudantes, propiciando, assim, um cardápio com variedade na oferta de alimentos. Na Escola Pecompê, localizada em Santos (SP), há um planejamento alimentar para adequar todas as idades – no que tange a diversidade de alimentos naturais oferecidos, bem como sua preparação, cuidado, higiene e segurança alimentar.

“Uma alimentação inadequada pode prejudicar a aprendizagem quando a criança consumir menor quantidade de nutrientes do que necessita. Mas o mais preocupante é quando a alimentação infantil é repleta de alimentos industrializados ultraprocessados e pobres em alimentos naturais”, destaca Ferreira.  

Além de todo cuidado com uma alimentação balanceada, a prática de atividade física deve ser estimulada para todas as idades. “Se a criança for acostumada a praticar exercícios regularmente e seguir uma alimentação saudável, vai crescer com esse hábito enraizado. Essas atitudes são essenciais para um crescimento e desenvolvimento adequado e ainda previnem a ocorrência de obesidade na infância, adolescência e vida adulta”, finaliza. (RP)

Saiba mais:
Marina Figueiredo Ferreira – [email protected]

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