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Guia para Gestores de Escolas

Tecnologia para a educação, segundo os Millenials

A edição da revista Time publicada no dia 9 de maio traz uma matéria sobre os Millenials (http://migre.me/ex7XY), uma geração composta por pessoas que nasceram entre 1980 e 2000 e usam tecnologia da mesma forma que bebem água. Quanto às características que notadamente se chocam com a organização tradicional da escola, essa geração interage muito mais com seus pares do que com pessoas mais velhas, de outras gerações, apresentam certa indiferença com relação a autoridade e agem duas vezes antes de pensar, ou, em outras palavras, expressam o pensamento em ato. Quer um exemplo? Confira o vídeo A escola é um saco, do vlogueiro Gustavo Horn (http://migre.me/ex7ZQ).  Reinventar a escola está se tornando uma preocupação dos Millenials, provavelmente porque eles sentem que perdem muito tempo nesse ambiente. Seu uso intuitivo da tecnologia está mudando rapidamente as formas de aprendizagem. Nesse processo, muitas escolas encontram-se perdidas quanto ao caminho a seguir.

Se você é gestor de escola ou coordenador de curso, provavelmente tem recebido vendedores de produtos tecnológicos em sua escola. O principal é você tomar cuidado com vocabulário técnico que mascara projetos inócuos, e, sobretudo, com propostas mágicas para alavancar sua escola. Atualmente, todo produto tecnológico deve estar integrado com os seguintes aspectos, que você pode usar como checklist, quando estiver diante de um vendedor: mobilidade, mídia social, nuvem e big data (http://migre.me/ex84F). Qualquer produto ou serviço que não apresentem implementações claras e eficientes quanto a essas quatro características devem ser desconsiderados. Tendo preenchido essas quatro características, você terá que diagnosticar a funcionalidade do produto para o ambiente de aprendizagem. Nesse sentido, há um ponto que, dentre as centenas de empresas de tecnologia para a educação que surgem diariamente, deve ser usado como critério de análise: como ela desenvolve o relacionamento com os professores. Há muitos produtos que buscam uma conexão direta com o aluno. Claro, ao cálculo mercadológico rasteiro não interessa que o professor seja responsável pelos estudantes porque a ele foi confiada a transmissão da tradição. Mas, segundo análises de James Byers e Adam Frey (http://migre.me/ex8wr), fundadores do Wikispaces.com, as empresas de tecnologia para a educação que não se articularem aos professores dificilmente irão prosperar.

Bom, se você não é um Millenial, mas gostaria de entendê-los melhor, faça como o jornalista Joel Stein (http://migre.me/ex8b9) e seja um deles por um dia.

rodrigo-abrantes*Rodrigo Abrantes da Silva é historiador e professor. Especializou-se em História Contemporânea pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), e atuou como pesquisador do Projeto Análise e do Núcleo de Pesquisas de Psicanálise e Educação (NUPPE) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP). Edita ainda o blog www.aulaplugada.com.

Mais informações:  [email protected]

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