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Guia para Gestores de Escolas

Um diálogo entre a curiosidade infantil e o pensamento científico, no Oswald de Andrade

Organizada por professores polivalentes e especialistas, Oficina da Ciência mobiliza alunos do 5º ano a investigar fenômenos naturais e realizar experimentos para construir pensamento científico

“É quadrúpede? – Sim. É um réptil? – Sim. É carnívoro? – Não”. Foi a partir de perguntas como essas que um grupo de alunos do Colégio Oswald de Andrade foi descobrindo as características das tartarugas marinhas, durante o projeto Oficina da Ciência, na Unidade Girassol.

 Trata-se de uma proposta pedagógica para o 5º ano do Ensino Fundamental I, organizada por professores polivalentes e especialistas.

 Para a construção do pensamento científico, as atividades têm como abordagem didática central o ensino por investigação, que parte da observação de fenômenos naturais para a elaboração de perguntas e hipóteses e para a realização de experimentos.

 As formas a partir das quais o conhecimento é construído, validado e compartilhado na comunidade científica também estão envolvidas nesse processo.

 “Acho muito legal e empolgante fazer essas coisas mais práticas! Também gosto da teoria, de anotar informações no caderno, acho que tudo isso tem a ver com Ciências”, conta Alexandre Casagrande, aluno do 5º ano. Ele diz que tem pensado, nos últimos dias, em ser físico. “Acho que penso nisso por causa da Oficina da Ciência, porque gosto muito de entender como as coisas funcionam!”

 “É uma construção que existe desde o início da relação dessas crianças com o conhecimento, com a ciência. Elas têm naturalmente um ímpeto de perguntar, investigar, criar”, acrescenta Harlei Florentino, diretor geral do Oswald.

 Para Florentino, a Oficina da Ciência possibilita momentos privilegiados para canalizar a curiosidade das crianças e, a partir daí, ampliar a capacidade delas de questionar, perceber contradições e elaborar hipóteses que possam ser testadas.

 “São aprendizados que contribuem para o desenvolvimento de um olhar mais amplo e criterioso sobre o mundo e que, certamente, transcendem as especificidades das ciências”, ressalta.

Para conduzir as atividades, foram convidados dois professores das áreas de Física e Biologia. Victor Menna, assistente de inovações pedagógicas no Oswald e biólogo, é um dos professores do curso e está entusiasmado com a experiência.

 “A Oficina da Ciência está deixando de ser uma matéria da grade curricular – que também está presente no 6º e 7º ano – para se tornar um movimento de investigação na escola”, afirma Victor, que orienta a turma com Jacó Izidro, professor de Física do Ensino Médio.

Como não há uma vinculação obrigatória com o currículo de ciências de cada série, há uma maior abertura e liberdade de trabalhar as questões investigativas, como observação, descrições objetivas e representações nas ciências.

 Seguindo essa perspectiva, a professora convidada Beatriz Critelli, mestranda em Ensino de Ciências pela USP, realizou em abril uma oficina de ilustração cientifica.

 No encontro, os estudantes criaram uma primeira representação de animais e plantas e tiveram contato com algumas das características das ilustrações na ciência.

 Sobre o Colégio Oswald de Andrade

Fundado na segunda metade da década de 1970, o Colégio Oswald de Andrade está desde sua origem associado à inovação. Valorizamos o exercício da inovação especialmente na forma como entendemos e praticamos o ensino desde a educação infantil até o ensino médio. Nos dedicamos todos os dias a formar alunos bem instrumentalizados, éticos e plenamente aptos a escolher diferentes caminhos na formação acadêmica e profissional.

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