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Guia para Gestores de Escolas

Voa, voa, passarinho!

Por Izaura Valverde

Voar sempre foi um desejo do ser humano. Ir sempre além é preencher anseios e desejos. Todos nós vivemos isso e, quando nos tornamos pais, estendemos esse sentimento a nossos filhos. Mudamos nossa percepção de mundo quando voamos pelos ares da paternidade e da maternidade. Um novo universo de possibilidades se abre e nos vemos capazes de um amor que jamais imaginamos poder sentir.

Na mitologia grega, Dédalo construiu dois pares de asas de cera para que ele e seu filho, Ícaro, escapassem do cativeiro na ilha de Creta, onde estavam presos no labirinto do Minotauro. Dédalo pede que o filho não voe próximo ao Sol para evitar o derretimento da cera de abelhas usada na confecção. No entanto, o jovem se empolga com a liberdade e voa mais alto do que poderia suportar, derretendo as asas.

Assim como Dédalo, todos os pais querem dar asas aos filhos. O mito grego pode ser utilizado como analogia da relação atual de pais e filhos: os pais querem dar asas aos seus filhos, mas é preciso prepará-los para voar. A escola é uma grande aliada nesse preparo e se torna a grande parceira da família.

É importante ter em mente que o melhor para os estudantes é que pais e outros responsáveis pela educação das crianças estejam engajados nos processos de aprendizagem e dividam com a escola a responsabilidade da distribuição de conhecimentos e habilidades. Para as famílias, a educação de seus filhos é prioridade e, para a escola, a comunicação contínua é primordial para ajudar os alunos a atingirem seu potencial em todas as áreas.

Quando família e escola trabalham em parceria, a criança passa a ter um suporte maior para o seu desenvolvimento e bem-estar. A participação dos familiares traz melhores resultados para a vida escolar e social da criança porque a faz se sentir mais valorizada com o fato de seus pais estarem interessados em sua vida. Ter isso em mente facilita enxergar a grande importância que a família tem nos desenvolvimentos cognitivo, físico, emocional e social da criança.

Aprendemos muito no convívio familiar porque sentimos que esse ambiente é um lugar seguro para nosso crescimento. O processo de aprendizagem melhora quando estamos mais relaxados e nos sentimos seguros, e nenhum lugar é melhor que a escola e o próprio lar para isso. Então, pais e professores são cocriadores de ambientes de aprendizagem para as crianças. Essa reflexão também alcança o ensino de línguas estrangeiras.

No século 21, falar e entender outros idiomas se tornou um grande fator na construção das asas de nossas crianças. O inglês é, hoje, a língua predominante da comunicação global e multicultural. Mais importante que os pais falarem inglês ou não, é a parceria com a escola e vivência dela em casa.

O fato de não saber sobre um assunto não faz de pais ou qualquer outro responsável incapazes de proporcionar um ambiente saudável para a aprendizagem significativa. Mesmo sem saber inglês, podem-se usar ferramentas indicadas pela escola e pelos professores como apoio importante para impulsionar a educação dos filhos. Hoje, há muitos podcasts educativos que trazem conteúdo de qualidade que podem dar suporte aos pais que querem criar, junto com a escola, um ecossistema saudável e motivador para que as crianças aprendam.

Há, ainda, outros conteúdos on-line de qualidade como blogs especializados no ensino de idiomas ou programas de educação bilíngue voltados para toda a família! Tudo à distância de apenas um clique. É preciso dedicar tempo para ler textos que, em maioria, são simples e envolventes na tentativa de facilitar o aprendizado dos pais na maravilhosa e desafiante tarefa de educar.

No entanto, todos sabem como é grande o desafio de saber quando e como oferecer esse suporte ao desenvolvimento de nossas crianças. Não se trata apenas de dar asas, mas de ajudá-las a voar sozinhas e com segurança por meio do pensamento crítico e da criatividade, mas sempre com a consciência que nunca conhecemos tudo ou estamos completamente prontos.

Aprendemos a andar dando os primeiros passos e caminhando, não é mesmo? Da mesma forma, aprende-se a voar com o impulso que nos tira do chão e, simplesmente, voando. Mas, não se preocupe, assim como nos mais modernos aviões, existem muitas ferramentas que podem auxiliar famílias e escolas nessa viagem.

Vale a pena conferir essas ferramentas que existem para dar suporte na missão da parceria família e escola: dar asas ao futuro.

 

Izaura Valverde é gerente editorial da Richmond na Santillana Educação

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