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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Coleta Seletiva de Lixo

Matéria publicada na edição 64 | Dezembro 2010/ Janeiro 2011 – ver na edição online

Proteção ao meio ambiente com geração de renda e emprego 

O incentivo à coleta seletiva de lixo no ambiente escolar, o estímulo para que os estudantes façam o mesmo em suas casas, e reduzam a produção de resíduos, figuram atualmente como uma das práticas de sustentabilidade mais comuns na rede de ensino. O que não deixa de ter um viés social, ao contribuir para gerar renda e emprego, como no caso do Colégio Franciscano Nossa Senhora do Carmo (Franscarmo), situado na Vila Alpina. A mantenedora destina todo o material – 8 kg de latas de alumínio, 5 kg de plástico e 11 kg de papel recolhidos semanalmente – para a Pastoral da escola. A renda gerada é utilizada nos programas sociais da instituição, como a distribuição de brinquedos e alimentos no Natal para creches e orfanatos, afirma o diretor administrativo Flávio Eura.

O Colégio Francarmo tem lixeiras para a coleta separada de papel, vidro, plástico, metal e material orgânico e orienta os estudantes para que tragam os recicláveis de casa, diz Flávio. Mas o tema é trabalhado também pelo programa pedagógico aplicado aos seus 859 alunos. Na Educação Infantil, os pequenos assistem a filmes e realizam atividades lúdicas ligadas ao assunto. No Fundamental I, desenvolvem trabalhos, gincanas e atividades pedagógicas, junto com a disciplina de Ciências. No Fundamental II, os adolescentes realizam um trabalho de conscientização junto à comunidade, explicando a importância da reciclagem.

Além disso, os alunos do Fundamental I e II criaram um pólo para coleta de óleo de fritura, projeto que tem a colaboração da comunidade e conta com a parceria do Instituto Triângulo, uma organização não-governamental que recicla o conteúdo. Finalmente, no Ensino Médio, os estudantes auxiliam na separação e acondicionamento dos materiais para a entrega em postos de coleta. Em 2011, o Franscarmo dará continuidade às ações e lançará um novo projeto, cujo tema será “Cuidar do que está próximo”, com mais ações de conscientização, conforme destaca o diretor. Um dos objetivos é conquistar maior participação da comunidade local, um trabalho que já foi iniciado pelos alunos do Fundamental II, comenta Flávio.

Outra forma de contribuir socialmente por meio da coleta seletiva é aderir ao programa da Prefeitura de São Paulo. Para participar, as escolas públicas ou privadas devem se inscrever diretamente na Limpurb, afirma Valdecir Papazissis, diretor de coleta seletiva do Departamento de Limpeza Urbana do município. O órgão público ministra palestras explicativas, fornece um kit com atividades propostas para os professores desenvolverem em sala de aula e disponibiliza um contêiner. Valdecir explica que a Limpurb garante a retirada semanal do material, através de duas concessionárias de coleta de lixo domiciliar e de 17 cooperativas conveniadas. Diariamente, segundo ele, o sistema recolhe 120 toneladas de material, encaminhando-o para uma das 17 Centrais de Triagem da Prefeitura, onde os cooperados fazem a separação do material para comercialização.

São cerca de 1.000 cooperados, ex-catadores de rua que realizam todo o trabalho e recebem cerca de R$ 600,00 mensais, originários da venda do material. O atual Programa de Coleta Seletiva da cidade de São Paulo foi implantado em agosto de 2002. Suas operações iniciaram em fevereiro de 2003, com a inauguração da primeira Central de Triagem no bairro da Mooca, lembra Valdecir Papazissis. Na época, eram coletadas 5,3 toneladas/ano de material reciclável, número que saltou a 45 mil toneladas em 2010. (Com reportagem de João Elias)

Saiba mais:

FLÁVIO EURA
[email protected]

PREFEITURA DE SÃO PAULO
www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/servicos/limpurb/coleta_seletiva

VALDECIR PAPAZISSIS
[email protected]

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