Dica — Limpeza: equipamentos e produtos
Um mercado que movimentou, em 2010, recursos da ordem de R$ 9,8 bilhões já não comporta mais a combinação “rodo e pano de chão” nos serviços de limpeza de empresas, indústrias e instituições como as escolas, aponta Ângelo Morena, diretor da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profi ssional (Abralimp), entidade que representa, entre outros, fabricantes de equipamentos e produtos deste segmento. “Ainda persiste no Brasil a cultura de que limpeza é pano, rodo, água e sabão, mas está na hora de profi ssionalizar a área, especialmente entre as escolas”, aponta o dirigente.
Segundo ele, a profi ssionalização demanda desde a adoção de novos procedimentos, cuidando-se do treinamento, das posturas (saúde laboral) e dos equipamentos de segurança e proteção dos trabalhadores (EPI’s), até o uso de acessórios e máquinas mais apropriadas. O Mop pó, por exemplo, ainda é pouco conhecido, mas já há algum tempo substitui de maneira efi ciente a vassoura de pelo, observa Ângelo.
“O Mop retém a poeira no próprio aparelho, além de proporcionar conforto ergonômico, pois o operador usa o equipamento em uma postura ereta”, diz. Segundo ele, a profi ssionalização traz grandes benefícios às mantenedoras: promove a saúde para o trabalhador e demais usuários (o Mop, por exemplo, evita deixar a poeira em suspensão no ambiente); proporciona efi – ciência, com economia de tempo e de insumos e ganho de qualidade; e gera práticas sustentáveis, de uso de produtos biodegradáveis e redução do consumo da água, entre outros.
O diretor da Abralimp observa que o mercado brasileiro oferece centenas de itens capazes de atender bem às necessidades das instituições, como lavadoras de alta pressão e máquinas pilotadas. Há uma grande variedade de produtos, incluindo as linhas de papéis sanitários (papel toalha, higiênico, multiuso, guardanapo etc.), aparelhos (toalheiros, saboneteiras, porta-rolos, odorizadores), máquinas (bombas e pulverizadores, aspiradores, varredouras mecânicas e automáticas), insumos (tapetes, sacos de lixo, descartáveis em geral), sistemas (como o Mop pó) e químicos (sabonetes líquidos, antissépticos e álcool em gel). A Abralimp congrega todo esse segmento, além de prestadores de serviços. Fundada há 24 anos, a entidade realiza anualmente a Higiexpo – Feira de Produtos e Serviços para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental e a Higicon – Congresso Internacional do Mercado de Limpeza Profi ssional. Os eventos estão programados para agosto próximo (entre os dias 3 a 5), no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo, em sua 23º edição. Segundo a Abralimp, a perspectiva em 2011 é que o mercado movimente R$ 10,5 bilhões.
Para a médica Glaura Pedroso, professora de Pediatria Geral e Comunitária da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as escolas precisam dispensar um cuidado especial aos insumos utilizados durante a limpeza. Ela não recomenda o uso de álcool líquido, exceto o álcool a 70%, em pequenas quantidades, para higiene e curativos. Também orienta que se evitem produtos caseiros, pois sua composição é desconhecida, e, no caso dos industrializados, que se atenda “às instruções dos fabricantes”. (R.F.)
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Ângelo Morena
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Glaura César Pedroso
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