Dica — Lousa interativa: do giz à tecnologia
Matéria publicada na edição 01 | Fevereiro 2005 – ver na edição online
Ninguém tira das lousas o posto de estrelas das escolas. Das instituições de educação infantil às universidades, lá estão elas, reinando absolutas nas salas de aula, centro das atenções de professores e alunos. Dos antigos modelos pretos elas passaram a azuis ou verdes, lisas ou quadriculadas. As molduras em alumínio têm diversos acabamentos – brilhante, fosco, pintado – e são mais duráveis que as tradicionais de madeira.
Se bem cuidadas, as lousas chegam a durar até 10 anos. Os perfis de alumínio têm ainda maior durabilidade. É possível até reformar lousas antigas, desde que os quadros não estejam empenados. Para comprar uma lousa durável, o ideal é escolher um fornecedor que utilize materiais de primeira qualidade. Fique longe de produtos com base em aglomerado ou que utilize alumínio sem anodização.
Além das lousas, o giz também evoluiu. Antigamente, o giz escolar era fabricado com cal, material altamente corrosivo, que queima a pele e causa reações alérgicas. Hoje, a grande maioria dos fabricantes utiliza o gesso, que não agride a pele – portanto, o giz é chamado de anti-alérgico. O minério é moído e seco em fornos de altas temperaturas para compor o produto final. Alguns fabricantes revestem o giz, depois de pronto, com uma película plástica transparente. Assim, o giz não suja as mãos nem produz nuvem de poeira quando é apagado da lousa.
Mas o grande destaque em termos de lousas são os modelos eletrônicos. A lousa canadense SMART Board 3000i detém 70% do mercado mundial de lousas interativas e há sete anos é distribuído no Brasil. Entre as instituições que já possuem a SMART, estão os colégios Santo Américo, Dante Alighieri e Augusto Laranja e as faculdades Trevisan e Impacta, em São Paulo.
Todo o conteúdo que o professor coloca na lousa fica armazenado. Assim, o aluno não precisa copiar cada detalhe. Os alunos terão acesso a 100% do conteúdo, dependendo apenas de como a escola irá libera-lo – impresso ou colocando no site da escola. Um professor de matemática do Colégio Augusto Laranja percebeu que, com a nova lousa, conseguia dar uma vez e meia mais conteúdo do que com a tradicional, já que a dispersão dos alunos tende a cair. Para funcionar, a lousa precisa estar conectada a um microcomputador (com qualquer plataforma) e a um projetor multimídia.