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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Banheiros (Instalações sanitárias e papelaria)

Matéria publicada na edição 54 | Dezembro 2009 / Janeiro 2010 – ver na edição online

Higienização, consumo racional e acessibilidade.

A limpeza e a higienização constante, feitas várias vezes ao dia, permanecem como prioridade absoluta entre as escolas quando o assunto é “banheiro”, especialmente sanitários utilizados por um grande número de alunos. Mas aspectos relacionados à sustentabilidade e à acessibilidade passaram a compor o rol de prioridades ou preocupações dos mantenedores, como forma de baixar custos ou mesmo cumprir a lei.

Torneiras com arejadores, sensores e temporizadores, caixas acopladas aos vasos sanitários, ou válvulas de descarga reduzida, além de duchas econômicas integram hoje algumas das soluções adotadas pelos mantenedores em prol de um consumo mais racional da água. Esta é, por exemplo, a conduta presente nas três unidades da Escola Vera Cruz, localizada na região oeste de São Paulo. Segundo a assessora patrimonial Luciana Bechara Sanchez, foram instaladas torneiras com arejadores e temporizadores nos banheiros, entre outras medidas de racionalização do consumo.

Os arejadores, que também estão presentes nas duchas, misturam ar e água e permitem diminuir pela metade o consumo desta, mantendo, no entanto, o mesmo nível de pressão, explica o engenheiro Airton Dudzevich, que desenvolveu projetos de banheiros sustentáveis em alguns estabelecimentos de ensino. Outra opção é adotar o mictório a seco nos sanitários masculinos, um sistema de descarga acionado pelo efeito do peso da densidade da urina, sem o uso da água. Também o aquecimento solar surge como alternativa de economia para as escolas que oferecem duchas nos banheiros. A instalação do sistema, aliás, tornou-se obrigatória nas novas construções da cidade de São Paulo, a partir da assinatura da Lei n.° 14.459/2007, regulamentada pelo Decreto n.° 49.148/2008.

O engenheiro Sérgio Kater, presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais (Abrasip), indica para as duchas ou chuveiros a associação entre o acionamento pelo chamado sistema “pressmatic” (um temporizador) e o aquecimento solar. A solução tem sido aplicada pelo engenheiro nas unidades da rede SESC, que tempera a água (fria e quente) em um reservatório, antes da sua chegada à ducha. “Temperar a água durante o banho consome bastante água, mas com esse sistema, economiza muito”, observa Kater. O engenheiro atua também junto às escolas estaduais, onde utiliza as chamadas válvulas de descarga reduzida nas bacias sanitárias. “Desaconselho as caixas acopladas em função do risco de vandalismo”, afirma.

Quanto à papelaria, o presidente da Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional), Ernesto Brezzi, recomenda o uso do papel reciclável,  “hoje de qualidade”, observa.  Os secadores automáticos para as mãos podem ser empregados, caso se tornem mais econômicos. Mas o conceito de sustentabilidade envolve ainda o emprego de produtos de limpeza de rápida absorção no meio ambiente, entre eles detergentes neutros ou desinfetantes, diz.

Em termos de projeto físico, as mantenedoras precisam ficar atentas ao Decreto Federal n.° 5.296/2004, o qual obriga as escolas a garantirem a acessibilidade. Pela NBR     9050/04, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), isso representa, nos banheiros e vestiários, localização acessível, dimensões adequadas para os cadeirantes, sinalização e especificações de piso, banheira e lavatório de acordo com as necessidades do público.

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